ESPECIALIDADES

Especialidades 2024-09-28T20:34:21+00:00
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A oftalmologia é uma especialidade da medicina que estuda e trata as doenças relacionadas com o olho, com a refração e seus anexos. O médico oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os distúrbios da visão. A oftalmologia tem várias sub-especialidades, como a oftalmopeditria, a plástica ocular, doenças orbitárias, doenças das vias lacrimais, o estrabismo, o glaucoma, a cirurgia refrativa, retina, e córnea.

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Exames

Na Clínica Boavista são três os principais exames realizados na área da oftalmologia:

Campos Visuais: Este exame permite avaliar e monitorizar alterações na função visual em numerosas pato­logias, entre as quais se destacam o glaucoma, as neuropatias óticas e as lesões do sistema nervoso central. É um exame essencial no seguimento e diagnóstico de doentes com Glaucoma.

Preço: 60 euros

OCT: O exame permite estudar a estrutura do nervo ótico e da retina. Usa tecnologia “laser” para fazer imagens em corte das diferentes estruturas que compõem o segmento posterior do olho. É hoje em dia, um instrumento essencial para o diagnóstico e seguimento de inúmeras patologias da retina, (como Buracos Maculares, Membranas Epirretinianas, Retinopatia Diabética, DMI), e patologias do nervo ótico e camada de fibras nervosas (Glaucoma).

Preço: 70 euros

Estudo do equilíbrio oculomotor: É realizado para diagnóstico dos distúrbios da motilidade ocular, visão binocular e anomalias associadas. (como Estrabismo e Insuficiência de Convergência)

Preço: 40 euros


Tratamentos

Cirurgia Laser (LASIK) – Miopia,astigmatismo e hipermetropia

A cirurgia por laser permite, com cada vez maior precisão, corrigir os três erros refractivos: Miopia, a Hiper­metropia e o Astigmatismo.

A miopia ocorre quando os raios de luz que entram no olho são focados à frente da retina, em vez de serem focados na retina. O indivíduo vê bem ao perto e mal ao longe, sem óculos.

A hipermetropia ocorre quando os raios de luz que entram no olho são focados num ponto, por trás da re­tina.

Por fim, o astigmatismo ocorre quando existem alterações na córnea de forma a que esta seja ovalada, le­vando a que parte dos raios de luz sejam focados num ponto e a outra parte seja focada num outro ponto. Ou seja, os raios de luz são focados em mais de um ponto na retina. A visão, quer seja ao longe ou ao perto, é distorcida.

Tais situações tornam-se problemáticas se as opções de correcção alternativas – óculos ou lentes de contac­to – não forem bem toleradas.

A cirurgia por laser tem como finalidade reduzir ou eliminar a necessidade de uso de óculos, para que seja possível ver ao longe e ao perto, de forma a proporcionar ao indivíduo a liberdade de fazer opções de vida que antes não lhe eram possíveis por estarem dependentes de óculos e/ou lentes de contacto.

O Laser Excimer é então um raio de luz ultra-violeta, controlado por um computador, que trata a córnea, de modo a corrigir a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.

Cada pulso de alta energia de luz ultra-violeta dura apenas bilionésimos de segundos e rompe as ligações moleculares entre as células da córnea com uma exactidão de 0,25 microns. O Laser Excimer emite um feixe de luz “fria”, ou não térmica, o que o torna ideal para a cirurgia corneana, eliminando a possibilidade de danos térmicos ao tecido que está à sua volta.

Como se processa a cirurgia?

A cirurgia é realizada usando apenas gotas anestésicas. Os doentes podem referir um pequeno desconforto após a cirurgia, que pode ser aliviado com medicação. Muitos doentes sentem grande melhoria da visão no dia seguinte. Para alguns, a visão pode ficar menos nítida ou flutuante durante algumas semanas. A maioria retoma as suas actividades normais em 1 a 3 dias, não precisando de usar penso por mais de umas horas após a cirurgia.

Candidatos para tratamento com o Laser Excimer (LASIK)

O candidato para Laser deve ter idade superior a 18 anos e córneas sem lesões. Deve ter refracção estável, isto é, não apresentar alterações na sua correcção de óculos nos últimos 12meses. Algumas doenças oculares gerais ou mesmo a gravidez podem contra-indicar a cirurgia por laser. A forma mais segura de saber se é um candidato à cirurgia é ser avaliado por um especialista.

Expectativas Realistas do LASIK

A decisão final de fazer o tratamento com laser é da responsabilidade de cada pessoa. O objectivo final do tratamento por laser é eliminar a necessidade de usar óculos ou lentes de contacto. A maioria das pessoas obtêm uma visão de 10/10 sem correcção com óculos, todavia, alguns doentes, e sobretudo os com altas mio­pias ou hipermetropia, podem necessitar de algum grau de correcção com óculos ou de repetir o tratamento para conseguir a boa visão sem óculos.

O laser não trata a Presbiopia, isto é, a necessidade de usar óculos para ler ou para ver ao perto nas pessoas com mais de 40 anos. Estas pessoas vêem bem ao longe, mas necessitam de óculos para ler perto após o tra­tamento com o laser.

O que são tratamentos personalizados com laser Excimer?

Correspondem a um novo conceito de cirurgia refractiva baseado na detecção e posterior correcção dos problemas ópticos do olho humano, identificados pelos aparelhos que fazem a análise da frente de onda (“Wavefront”). Este método permite diminuir os problemas de má visão nocturna e obter uma acuidade visual superior à que era fornecida com óculos ou lentes de contacto.


Cirúrgia de Catarata

De uma forma sucinta, a catarata é um “embaciamento” do cristalino. O cristalino, localizado entre a íria e o corpo vítreo, funciona como a lente de uma câmara: recebe as imagens e focaliza-as sobre a retina, que envia as imagens para o cérebro.

No início, a visão é semelhante à observada através de um vidro baço ou através do pára-brisas do carro quando este se encontra embaciado. A leitura fica mais difícil e conduzir pode ser uma tarefa que se revele perigosa.

O portador de catarata pode sentir-se incomodado com a luz forte ou ver brilhos (halos) em volta de luzes.

Com o avanço da catarata a visão diminui progressivamente, podendo provocar cegueira total. Uma vez formada, não existe tratamento médico eficaz para reverter a catarata, sendo que o único meio é removê-la cirurgicamente, seguida da colocação de um implante de lente intra-ocular.

A catarata pode surgir em qualquer idade mas é mais frequente a partir dos 60 anos. Cerca de 50% das pes­soas com mais de 60 anos tem algum grau de cataratas.

Tratamento:

A remoção da catarata é um tratamento simples, porém muito delicado. Actualmente existe um elevado grau de recuperação visual devido à experiência dos oftalmologistas e do grande avanço tecnológico dos aparelhos de facoemulsificação, bem como das lentes intra oculares. Uma minúscula incisão é feita no olho e através dessa incisão o cirurgião introduz um instrumento, aproximadamente do tamanho de uma ponta de caneta, para diluir e aspirar o cristalino “esbranquiçado”.

Uma vez o cristalino removido, o próximo passo é substituí-lo, implantando um cristalino artificial. Este cris­talino artificial é chamado de lente intraocular ou LIO.

O que são lentes intra-oculares (LIO´s) multifocais?

As LIO’s multifocais são lentes especiais que foram desenvolvidas para colmatar a lacuna que as lentes con­vencionais deixaram por tratar: a visão de perto. Ou seja, o objectivo da introdução de uma LIO multifocal é o de tornar a pessoa o mais autónoma possível em termos visuais, tanto para longe como para perto. Dadas as particularidades destas lentes, não deverá optar por esta solução sem conversar bem com o seu médico oftalmologista.

Quando é que devo ser operado à catarata?

A cirurgia deve ser realizada quando a qualidade de vida do indivíduo está comprometida. Cada pessoa deve decidir quando é a melhor altura para melhorar a sua visão e, consequentemente, a qualidade de vida. A excepção a esta regra é quando a catarata está envolvida num processo patológico que pode comprometer a visão futura. Os denominados glaucomas facolíticos, facomórficos e pseudoexfoliativos. Nestas situações, a decisão de operar deixa de depender da qualidade de visão e passa a depender do estado clínico. Ou seja, a decisão deixa de estar do lado do doente e passa a ser do médico por ele responsável.


Retinopatia Diabética

A Diabetes Mellitus é uma doença crónica caracterizada pelo elevado nível de açúcar (glicose) no sangue. O excesso continuado de açúcar vai provocar danos progressivos nos olhos, rins, coração, vasos e nos nervos, sendo a principal causa de cegueira em pessoas entre os 20 e 65 anos de idade. Calcula-se que, na Europa, 5% a 10% da população sofra de diabetes de maior ou menor gravidade. Em Portugal existirão cerca de 500.000

diabéticos. O bom controlo glicémico (dosagem Hemoglobina Glicada) pode atrasar o aparecimento de lesões oculares (retinopatia). A vigilância pelo médico oftalmologista pode detectar lesões de alto risco e 90% dos casos de cegueira podem ser evitados através de fotocoagulação com laser.

Tipos de retinopatia diabética:

Retinopatia Diabética e Maculopatia: As lesões iniciais são o aparecimento de microaneurismas,(micro-di­latações nos vasos sanguíneos da retina) hemorragias e exsudatos duros esbranquiçados (estes resultam da passagem de líquido sanguíneo e gordura através dos micro-aneurismas para as células da retina, provocando edema da retina).

Retinopatia Diabética Proliferativa: Formam-se novos vasos sanguíneos anormais que são frágeis e podem sangrar, levando à hemorragia do vítreo e possível cegueira. Este tipo de Retinopatia, se não for tratada atem­padamente, acarreta um prognóstico muito sombrio. Cerca de 70% a 80% dos doentes com neovasos evoluem para a cegueira completa dentro de 5 anos, devido a hemorragias do vítreo e descolamento da retina por tracção.

Tratamento:

O tratamento laser da retina é o tratamento que demonstrou maior eficácia no tratamento das 2 grandes formas de atingimento grave do olho pela Diabetes – o edema macular e a retinopatia proliferativa.

O laser não é garantia de não progressão da doença mas é uma arma fundamental para travar a progressão da mesma e manter visão útil por muitos mais anos. Por vezes, em casos refractários, pode recorrer-se à cirur­gia denominada Vitrectomia para “limpar” o sangue derramado pelos vasos anómalos da Diabetes (neovasos).


Descolamento da Retina

O olho funciona como uma câmara fotográfica, usando um sistema de lentes para focar a luz que recebemos do exterior na retina, a “película/rolo fotográfico” do olho. A mácula é uma pequena zona da retina situada no centro do eixo visual que é responsável pela visão fina, usada na leitura, desenho e visão de detalhes.

A restante retina denomina-se de retina periférica: é responsável pela visão em condições de baixa visibilida­de e é muito útil para detectar possíveis obstáculos menos centrais no nosso campo de visão.

O Descolamento de Retina é uma doença do olho caracterizada pela separação das camadas fotossensíveis e de suporte e nutrição da retina. Normalmente é causada por um trauma ou por uma existência prévia de uma pequena rasgadura, onde o fluido intra-ocular entra e força a separação das camadas da retina . É um evento muito grave que leva à cegueira, caso não seja tratado.

Sintomas do deslocamento da retina:

Normalmente, o deslocamento da retina é acompanhado de vários sintomas como flashes ou ”faíscas”, “moscas volantes”, e perda parcial de visão (“sombra”).

É necessário que seja avaliado por um especialista, de modo a confirmar que os sintomas que apresenta são de factovta relacionados com uma deslocação de retina.

Tratamento

Se não tratado imediatamente, pode levar à perda total de visão. Se for portador de algum dos sintomas, deve ser consultado o mais rapidamente possível.

O tratamento pode incluir a utilização de laser na região afectada, ou outras técnicas cirúrgicas específicas como a Vitrectomia (remoção do vítreo) e/ou cirurgia extraescleral (suturação de um segmento de silicone ao redor do olho).


Cirurgia de Glaucoma

O Glaucoma faz parte de um grupo de doenças, caracterizadas por pressão elevada dentro do olho (o olho fica mais tenso, mais cheio, mais duro), levando à atrofia do nervo ótico, redução do campo visual e por fim à cegueira.

Um líquido transparente chamado Humor Aquoso é produzido dentro do olho constantemente. A mesma quantidade de líquido que entra no olho tem de sair para que a tensão do olho não aumente. Este líquido sai por pequenos canais. No glaucoma, os canais por onde sai o líquido ocular estão obstruídos e a tensão dentro do olho começa a subir comprimindo as fibras do nervo óptico. O nervo ótico encontra-se ligado ao cérebro e é o responsável pelo transporte da visão. A forma mais frequente é aquela em que o ângulo entre a íris e a córnea é aberto e evolui de forma lenta, crónica, ao longo de vários anos.

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira. Este pode surgir em pessoas de qualquer idade, mas é mais frequente acima dos 35 anos (aparece em cada 1 de cada 100 pessoas com mais de 40 anos de idade). É mais frequente em diabéticos, míopes, pessoas de raça negra e pessoas nas quais o glaucoma faz parte do histórico familiar.

Sintomas do glaucoma:

No início da doença não existe qualquer sintoma: não existe dor, ardor, olho vermelho ou diminuição da visão. No entanto, a tensão ocular vai aumentando e destruindo as fibras do nervo ótico. A visão à distância mantém-se mas o campo visual começa a ficar cada vez mais estreito.

Numa fase mais avançada, o doente nota falta de visão com perda de quase todo o campo visual e a visão torna-se tubular (como se a visão fosse feita através de um tubo). Se não for tratado corretamente, pode levar à cegueira total e irreversível.

Se a doença for diagnosticada no início, esta pode ser tratada e a visão preservada, possibilitando uma vida normal.

Exames na pessoa com Glaucoma:

Tonometria – Mede a pressão ocular após aplicar gota anestésica.

Oftalmoscopia – Examina a forma, cor e escavação do nervo ótico.

Paquimetria – Avalia a espessura da córnea, dado essencial para calcular a pressão ocular real.

Campos Visuais ou Perimetria – Permite detectar lesões no nervo ótico.

Gonioscopia – Permite observar o ângulo entre a íris e a córnea onde se encontram os canais de drenagem dos líquidos oculares.


Cirurgia por Laser

É efectuada quando as gotas ou o Raio Laser não conseguem diminuir a pressão ocular e evitar a lesão do nervo ótico. Consiste em criar um canal de drenagem que permite ao líquido ocular sair do olho e baixar a pressão ocular.

O tratamento médico ou cirúrgico pode recuperar a visão perdida?

A visão perdida e a lesão do nervo ótico não pode ser recuperada. Apenas se pode manter o que ainda não foi danificado, sendo portanto de máxima importância prevenir o avanço da doença.


Estrabismo

Estrabismo é o termo que define o conceito de olhos desalinhados, que apontam para direcções diferentes. Em crianças é bastante frequentemente, sendo acompanhado de olho preguiçoso, a ambliopia.

Sintomas do estrabismo

Existem alguns sintomas que ajudam na identificação do estrabismo, como por exemplo:

  • Os olhos apresentarem desvio para dentro ou para fora;
  • Os olhos não se moverem juntos;
  • O ponto de luz que é refletido em cada um dos olhos não for simétrico;
  • Tem tendência para inclinar a cabeça para um dos lados;
  • Não é capaz de calcular profundidade.

Causas do estrabismo

Não se sabe por que os olhos de algumas crianças são desalinhados, embora o problema aparentemente seja genético. Como os olhos desalinhados não focam em conjunto, ocorre visão dupla. Uma criança com es­trabismo, inconscientemente vai ignorar uma das duas imagens que vê e automaticamente as conexões ner­vosas entre o olho e o cérebro relativas à imagem ignorada não se vão conseguir desenvolver adequadamente, daí a ambliopia, ou olho preguiçoso.

Tratamento

Para desenvolver uma boa visão, o olho afetado deve ser obrigado a trabalhar. Existem muitos tratamen­tos que podem ser usados isoladamente ou em conjunto, dependendo do tipo, da severidade e da causa do estrabismo. Alguns desses tratamentos passam pelo uso de óculos, de pomadas ou de pensos cirúrgicos. No entanto, por vezes e necessário medicação injetável ou mesmo recorrer a uma cirurgia.


DMI – Degenerescência Macular

A Degenerescência Macular relacionada com a idade caracteriza-se pelo envelhecimento da zona mais sen­sível da retina: a mácula. Algumas células visuais degeneram, deixando de funcionar provocando a perda da visão central. É a principal causa de cegueira legal em pessoas com mais de 55 anos.

Tipos de DMI:

A DMI exsudativa (ou húmida): é a forma menos frequente e manifesta-se em 30% dos casos de DMI. Toda­via é a mais agressiva e pode conduzir a um estado perda de visão útil num espaço de poucas semanas. Para esta forma de DMI,o tratamento passa por injeções intraoculares e de antiangiogénicos.

A DMI atrófica (ou seca): é a forma mais comum da doença, sendo que se manifesta em 70% dos doentes de DMI. Para esta forma de DMI ainda não existe tratamento.

Sintomas da DMI:

Os sintomas de DMI passam pelo aparecimento de uma mancha no centro do campo visual, pode originar

imagens distorcidas ou enevoadas. Em alguns casos, a visão das cores pode estar alterada. Como afecta a visão central, haverá também dificuldade na realização de trabalhos de precisão, como leitura e condução.


Oftalmologia Pediátrica

Apresentamos algumas das dúvidas mais frequentes dos pais em relação à saúde ocular dos seus filhos.

O bebé já nasce a ver?

Não, o recém-nascido apenas percebe luz e vultos, que ainda não sabe interpretar. Assim como ele não sabe falar e andar, também não sabe ver. Com o passar dos meses, o bebé irá desenvolver progressivamente a sua visão. A maturação visual plena é atingida por volta dos 10 anos, embora aos 6 anos a maior parte das crianças tenham uma visão próxima do seu potencial máximo.

O que devo perceber nos olhos do recém-nascido que indique alguma alteração ocular?

Deve-se estar atento a:

  • Presença de olhos vermelhos;
  • Secreções (pus);
  • Pupila branca;
  • Lacrimejar constante;
  • Olhos grandes que fogem da luz;
  • Olhos que apresentem sintomas de estrabismo;
  • Olhos esbranquiçados.

Caso esteja perante algum dos sintomas acima referidos, é importante que leve o bebé a um oftalmologista com urgência.

Como posso limpar os olhos do bebé?

Para limpar os olhos do bebé, deve-se utilizar uma gaze ou um pano limpo, molhado em água filtrada e fer­vida. Deverá fazer movimentos delicados, sem apertar os olhos.

O sol faz mal aos olhos do bebé?

Quando está sol, proteja os olhos do bebé com uma fralda limpa ou chapéu. O sol pode ser prejudicial se olhado directamente.

O bebé pode ter o canal lacrimal entupido e lacrimejar?

Sim, a criança pode nascer com o canal que leva a lágrima para o nariz entupido. O problema, normalmente, é tratado com massagens e uso de colírios antibióticos. A maior parte das situações é resolvida de forma es­pontânea até aos 2 anos. Só depois deste período é que se deve considerar a intervenção cirúrgica.

Quais são as doenças oftalmológicas mais comuns no recém-nascido?

  • Glaucoma Congénito: (lacrimejamento, aversão à luz e olhos grandes): Ocorre nos dois olhos e necessita de tratamento imediato, pois pode levar à cegueira.
  • Catarata Congénita: (pupila branca; que não fixa os objectos): Ocorrendo nos dois olhos, o tratamento deve ser imediato.

Os cuidados com a visão devem ter início mesmo antes do nascimento. Toda a grávida deve fazer acompa­

nhamento pré-natal, evitando assim, doenças como a rubéola, toxoplasmose, sífilis e outros problemas que podem comprometer a visão da criança.

Existem muitas crianças com problemas nos olhos?

Sim, muitas crianças apresentam algum problema de visão. Estima-se que 3 em cada 20 crianças do ensino básico têm algum tipo de problema nos olhos.

Os professores podem ajudar as crianças que têm dificuldade visual?

Sim! Os professores devem observar nas crianças comportamentos que possam indicar dificuldades visuais, como franzir a testa, dor de cabeça e desinteresse na leitura e na escrita. Também devem orientar os pais no encaminhamento da criança ao oftalmologista e no estímulo ao uso de óculos, quando necessário.

Os pais e responsáveis das crianças podem ajudar na identificação de problemas oculares?

Os pais podem informar-se sobre os cuidados com a visão, observar o comportamento visual da criança e encaminhar os filhos para exame oftalmológico.

Como avaliar a visão da criança em casa?

As mães podem fazer um teste em casa com crianças por volta dos 7 meses de idade: Coloque os objetos que ela mais gosta no chão. Em seguida feche um dos olhos com um penso. Observe a criança: se pega os objetos, se os analisa; se põe na boca; etc. A reação em ambos os olhos deverá ser a mesma ao ocluir um olho e, depois de 5 minutos, o outro.

Se a criança souber andar, peça-lhe para pegar num objeto e trazê-lo para si com um olho ocluído. Já a crian­ça mais velha pode dizer-lhe o que vê através da janela do autocarro ou do carro, sempre fechando um olho de cada vez. Após os 4 anos de idade, a visão pode ser avaliada com uma tabela especial, encontrada em centros de saúde, nas escolas e nos consultórios de pediatras.

Quando é que eu devo levar minha criança para um exame aos olhos?

Não há idade fixa para ir ao oftalmologista. O recomendável é examinar a criança com 4 e 6 anos ou a qual­quer momento, se for detectada alguma anomalia nos seus olhos. Também quando os pais tiverem problemas oculares como estrabismo, óculos muito graduados ou visão baixa, a criança deve ser observada logo nos primeiros anos de vida.

A criança pode ler com o livro bem perto dos olhos?

Ler com o livro bem perto dos olhos não prejudica a visão, apenas pode ser desconfortável. E se a postura da cabeça não for boa, pode forçar a coluna. Mas, se a criança agarrar o livro bem perto do rosto, talvez esteja a fazer isto porque não está a ver bem e necessita de óculos.

A criança que usa óculos pode correr e jogar futebol?

Pode sim. Se a criança precisar de óculos em actividades desportivas, como corridas e futebol, deve usar as lentes dos óculos acrílicas e prender a armação na orelha. Germes, produtos químicos ou poluentes podem causar problemas nos olhos de quem faz natação ou desportos na água de forma regular. Assim, o uso de óculos apropriados é indicado.

Animais de estimação podem trazer danos oculares?

As fezes de alguns animais como cães, gatos e aves podem transmitir uma doença, chamada toxoplasmose, que provoca inflamação no olho e pode até levar à cegueira. O contágio é feito quando a criança põe a mão nas fezes do animal e, em seguida, coloca a mão na boca. Por isso, é muito importante ensinar as crianças a lavarem as mãos assim que acabarem de brincar com animais e sempre antes de qualquer refeição.

Coçar os olhos faz mal?

Sim. Coçar os olhos é prejudicial e quando a criança repete muito esse acto, pode desencadear algumas doenças oculares, levando à diminuição da visão. A criança que coça os olhos deve ser encaminhada ao oftal­mologista para avaliação

Ortóptica é um ramo auxiliar da oftalmologia que trata dos defeitos da visão sensorial e motora com fisiote­rapia ocular que utiliza exercícios musculares, equipamentos eletrónicos e ferramentas de estimulação motora e sensorial, como lentes prismáticas e filtros, para corrigir distúrbios da visão binocular e resgatar a capacidade visual de pacientes.

O ortoptista é o profissional que procura corrigir as anomalias oftalmológicas sem recorrer à cirurgia. O trata­mento ortóptico consiste em dar foco à musculatura, proporcionando uma melhor interação entre o indivíduo e o mundo que o rodeia. Para além disto, o ortoptista trabalha também em conjunto com o oftalmologista no pré e pós operatório e ainda no âmbito da prevenção.

O teste oróptico é realizado com o objetivo de detetar a presença de algum problema ocular (normalmente relacionado com o movimento dos olhos). É feita uma avaliação quer ao alinhamento ocular em várias posi­ções e direções, quer aos músculos responsáveis pelo movimento dos olhos.

Existem também testes sensoriais que têm como objetivo detetar problemas de perceção de profundidade e fixação de elementos presentes no meio envolvente.

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Tratamentos

Estereopsia

Na visão dita normal (binocular), a imagem é captada individualmente por cada olho e transmita ao cérebro, que funde a informação recebida por ambos os olhos, construindo assim a perceção de espaço e profundida­de em relação aos elementos presentes no campo visual. Esta perceção espacial (estereopsia) é que possibilita a orientação do indivíduo em relação a esses mesmos elementos e a interação com os mesmos.

Quando a visão binocular é comprometida, o indivíduo tem dificuldade em percecionar os elementos à sua volta e pode mesmo ter visão duplicada dos mesmos. Normalmente, este tipo de situações está associado a problemas oculares como o estrabismo, traumas oculares ou doenças neurológicas.


Teste de Estereopsia

De forma geral é usado o Titmus Test para testar a visão tridimensional e de profundidade. São usados uns óculos especiais com os quais o paciente observa elementos em três dimensões diferentes, que deverá ser capaz de identificar corretamente.

Existe uma idade máxima para incentivar a estereopsia?

Não existe uma idade máxima para corrigir a visão no que diz respeito à estereopsia, sendo que é possível realizar o tratamento em qualquer idade.

No entanto, se o tratamento for realizado antes dos 6 anos de idade (e especialmente antes dos 2), há maior probabilidade de obter resultados de sucesso, pois essa fase diz respeito ao desenvolvimento visual da criança.

O médico de Clínica Geral e Familiar é o Médico Especialista que trabalha na linha da frente do Siste­ma de Saúde, sendo assim um generalista que aceita todas as pessoas que o procuram independentemente da idade, sexo ou doença.

O objecto desta especialidade é o ser humano como um todo, abrangendo a toda a Medicina Geral, privilegiando a pessoa como um ser único e diferente de todos os outros. Concentra-se na prevenção e no rastreio de inúmeros problemas de saúde.

Na clínica Boavista, os profissionais desta área têm uma especial atenção com a forma como inte­ragem com os doentes, havendo por vezes a necessidade de um especial cuidado na forma como os abordam.

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A Psiquiatria é uma especialidade da medicina que lida com a prevenção, diagnóstico, tratamento e reabili­tação das diferentes formas de sofrimento psíquico ou mental, tenta compreendê-las, explicá-las e aliviá-las, sejam elas de origem orgânica (secundárias a doença médica) ou funcionais.

O médico psiquiatra trata as doenças mentais como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtor­nos de ansiedade e quadros demenciais, entre outros. A meta principal é o alívio do sofrimento e o bem-estar psíquico do indivíduo.

A saúde mental é o equilíbrio emocional entre as capacidades internas e as exigências do meio ambiente ou vivências externas. É saber lidar com suas próprias emoções e com as dos outros: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustração e reconhecer os seus limites, procurando ajuda quando necessário, antes de perder a noção da realidade.

Conseguir enfrentar os factores de stress que a vida proporciona e trabalhar de forma produtiva, contribuin­do para o bem estar da comunidade em que se insere são alguns dos objetivos da intervenção psiquiátrica.

A ausência de saúde mental, traduz-se pelo facto da qualidade da emoção, do sentimento, do comporta­mento ou pensamento ser exagerada, absurda, prolongada no tempo e poder interferir no quotidiano, no funcionamento e qualidade de vida.

Os problemas psíquicos podem ser abordados de diversas formas e tratados por meio de medicamentos

e/ou intervenções psicoterapêuticas.

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Tratamentos:

Perturbações Depressivas

As perturbações depressivas são caracterizadas por um sentimento de tristeza e falta de interesse nas ati­vidades quotidianas. Ao contrário de um sentimento de tristeza normal, quando falamos em depressões o sentimento de tristeza é de uma grande profundidade, o que torna o indivíduo muito concentrado na sua própria dor e mau estar, sendo que apresenta uma grande tendência para chorar e para se isolar das restantes pessoas.

Este tipo de depressões enquadram-se nas perturbações do humor, nas quais também se encontram as perturbações bipolares.

Sintomas das Perturbações Depressivas

Normalmente as perturbações depressivas têm alguns sintomas genéricos, que permitem o diagnóstico da doença. Alguns desses sintomas são:

  • Alterações de apetite e no sono;
  •  Fadiga;
  • Dificuldades de concentração;
  • Pensamentos suicidas;
  • Baixa auto-estima;
  • Isolamento;
  • Instabilidade emocional;
  • Diminuição do humor.

Causas das perturbações depressivas

Existem alguns fatores que desencadeiam a depressão como questões genéticas, stress, questões neuroló­gicas ou algum tipo de trauma durante a fase de desenvolvimento/crescimento do indivíduo. A própria per­sonalidade de cada indivíduo pode, ou não, ser mais predisposta para o desenvolvimento de uma depressão. Assim, a causa de uma depressão é sempre algo que tem de ser estudado individualmente.

Existe uma idade para se ser diagnosticado com perturbação depressiva?

Não existe uma idade certa para se ser diagnosticado, sendo que a doença se pode desenvolver em qualquer altura da vida de um indivíduo. É necessário que haja uma atenção nos sintomas acima representados, em qualquer pessoa, de qualquer idade.

Tratamento

É necessário que seja feita uma avaliação psicológica à pessoa em questão, de forma a entender o funciona­mento psíquico da mesma. Após a avaliação psicológica, é necessário dar início à intervenção, que tem como objetivo a descoberta da identidade do indivíduo, da desconstrução de problemas, desafios com que este se depara e a aceitação da sua existência e da sua realidade. Esta intervenção é específica em cada caso, sendo que é necessário adaptá-la a cada um dos indivíduos.

Quando o doente é uma criança, todo este processo de avaliação e tratamento é feito com a autorização e o acompanhamento dos pais. É necessário que haja um trabalho conjunto no tratamento da depressão da criança.

Perturbações Bipolares

Tal como as perturbações depressivas, estas fazem parte das perturbações de humor e caracterizam-se por alterações drásticas no mesmo, sendo que afetam cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo, e o nú­mero de indivíduos diagnosticados é cada vez maior.

Os indivíduos com perturbação bipolar caracterizam-se por alterações de humor extremas, que variam en­tre a euforia total e uma depressão profunda. Estas variações são feitas em ciclos de menor/maior duração e gravidade, dependendo da pessoa em questão.

Geralmente, a doença é detetada já num estado avançado. Normalmente é desenvolvida durante a fase da adolescência ou no início da vida adulta e é mais propensa em indivíduos com familiares que também sofram da mesma.

Sintomas das perturbações bipolares

O doente com este tipo de perturbação apresenta dois tipos de episódios, alternadamente:

Episódios maníacos: durante os quais se apresenta com uma energia e atividades excessivas, sendo que normalmente acaba por se traduzir em discursos e pensamentos que não são compreendidos pelas pessoas à sua volta. Tem também muita dificuldade em dormir, não se sentindo cansado, e pode adotar comportamen­tos de excesso no que diz respeito a álcool, sexo e drogas.

Episódios depressivos: estado apresentado também por quem tem perturbações depressivas, caracteriza­do por uma tristeza profunda e de longa duração, irritabilidade, isolamento e pensamentos suicidas.

Tratamento

O tratamento das perturbações bipolares é feito, geralmente, através de medicação e psicoterapia, sendo que têm de existir uma adaptação das mesmas a cada caso específico, não podendo haver uma generalização de todos os doentes. Tem de haver um entendimento sobre o tipo de episódios que o indivíduo apresenta, de forma a adaptar a medicação ao tipo e duração desses mesmos episódios.


Esquizofrenia

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico caracterizado por uma alteração cerebral que afeta o pensamento e o comportamento do indivíduo, tornando muito difícil a avaliação da realidade onde este se insere. Normalmente está também relacionada com alucinações, apatia, uma grande diminuição na representação das emoções sentidas e dificuldades sociais. Tal como as perturbações anteriores, a esquizofrenia tem tendência para se desenvolver na fase da adolescência ou no início da vida adulta, onde o stress é normalmente maior.

O diagnóstico da esquizofrenia não é feito através de exames médicos, sendo que é necessário uma ava­liação psicológica do indivíduo. Esta avaliação é bastante exaustiva, sendo que por vezes pode ser feita com a colaboração de familiares e pessoas próximas ao doente. A esquizofrenia, ao contrário das perturbações depressivas e bipolares, está relacionada com alterações cerebrais e não com causas externas.

Sintomas da Esquizofrenia

Os sintomas da esquizofrenia, embora possam depender de indivíduo para indivíduo, tendem a ser:

  • Comportamentos bizarros;
  • Falta de demonstração de emoções;
  • Incapacidade de concentração;
  • Fala desorganizada e por vezes, fantasiada;
  • Incapacidade de socialização;
  • Perda da perceção da realidade (delírios).

Causas da esquizofrenia

A esquizofrenia é uma doença cerebral (causada por alterações nos neurotransmissores), sendo que o am­biente onde o indivíduo está inserido é também um grande propulsor da doença. O stress extremo ou o uso de substâncias químicas,por exemplo, são normalmente grandes razões para que a doença se expresse.

Tratamento:

O tratamento da esquizofrenia tem de ser feito desde o período de diagnóstico até ao final da vida do in­divíduo. Este passa pelo uso de medicamentos que atuam nos neurotransmissores e terapia psicossocial, de forma a ajudar a combater os sintomas que condicionam a qualidade de vida do doente. Por vezes, durante os períodos de maior crise, é necessário a hospitalização como forma de proteção do indivíduo (em questões como segurança, alimentação e higiene) e daqueles que o rodeiam.

Os resultados dos tratamentos são bastante incertos, sendo que é necessário um acompanhamento constante do doente, de forma não só a adaptar os tratamentos mas também a prevenir possíveis complicações futuras.


Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC)

A POC é um estado mental que deriva da ansiedade e que se caracteriza, como o próprio nome indica, por dois fenómenos: a obsessão e a compulsão. O indivíduo fica com o seu pensamento preso numa determinada ideia e não consegue, por maior que seja o seu esforço, desviar o seu pensamento dessa ideia, entrando assim num estado de ansiedade máxima. Durante este período de obsessão ou compulsão, o indivíduo tenta repri­mir os pensamentos através da realização de certas ações de forma repetida. Normalmente, estas obsessões interferem de forma significativa no dia-a-dia do doente.

Sintomas da POC

A POC tem sintomas muito característicos, como comportamentos repetidos de forma exagerada e repetida (como por exemplo lavar as mãos, verificar torneiras, portas e janelas fechadas, ter preocupação excessiva com a arrumação, pensamentos de cariz sexual ou religioso) , sendo que quando o indivíduo é privado dessas ações, entra num estado de ansiedade e desconforto muito elevados. Normalmente os comportamentos re­petidos estão relacionados com insegurança, higiene ou doenças.

Causas da POC

As causas da POC não são conhecidas mas, no entanto, sabe-se que a doença está relacionada com um de­sequilíbrio bioquímico no cérebro, mais especificamente com uma falha na neurotransmissão das mensagem entre células cerebrais que regulam a repetição de comportamentos. Este desequilíbrio bioquímico pode ser hereditário e é também influenciado pelo ambiente envolvente.

A POC é incapacitante?

Existem vários níveis de incapacidade causada pela POC: existem muitos indivíduos que conseguem viver com a doença sem que esta afete em demasia o seu dia-a-dia, sendo que por vezes as pessoas à sua volta nem se apercebam da existência da mesma. No entanto existem também casos em que os sintomas causam uma incapacidade total nos indivíduos, sendo que a qualidade de vida é colocada em causa e por vezes existe mesmo a necessidade de internamento.

Tratamento:

O tratamento da POC passa pelo uso de medicação para atenuar os sintomas da mesma. No entanto, por vezes esta medicação não é suficiente, sendo necessário estudar as causas da POC através da psicoterapia. O objetivo é identificar os eventos que estão na base do desenvolvimento da doença de forma a poder alterar as imagens mentais associadas aos mesmos.

Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e as funções mentais. A psicologia tem como objetivo imediato a compreensão de grupos e indivíduos tanto pelo estabelecimento de princípios universais como pelo estudo de casos específicos. Um pesquisador ou profissional deste campo é conhecido como psicólo­go, podendo ser classificado como cientista social, comportamental ou cognitivo. A função dos psicólogos é tentar compreender o papel das funções mentais no comportamento individual e social, estudando também os processos fisiológicos e biológicos que acompanham os comportamentos e funções cognitivas. Psicólogos exploram conceitos como percepção, cognição, atenção, emoção, inteligência, motivação, funcionamento do cérebro humano, personalidade, comportamento, relacionamentos interpessoais, incluindo resiliência, entre outras áreas. Psicólogos de orientações diversas também estudam conceitos como o inconsciente e seus di­ferentes modelos.

Disponível em: Coimbra e Tondela


Tratamentos

Défice de Atenção

O Défice de Atenção está normalmente associado também à hiperatividade, embora esta ligação nem sem­pre ocorra. Resulta de alterações no sistema nervoso durante o desenvolvimento do mesmo, que causam hiperatividade, falta de atenção e impulsividade. Está portanto relacionado com a auto-regulação emocional, característica que desenvolvemos a partir dos 3 anos de idade.

O défice de atenção é mais comum em crianças, especialmente até aos 7 anos de idade, mas também pode ser detetado em adultos.

Quando o défice de atenção está ligado à hiperatividade é facilmente identificado, devido à agitação motora que esta causa. No entanto, quando a hiperatividade não está associada ao défice, é muito mais difícil diag­nosticar a doença, porque os adultos tendem a ligar a desatenção das crianças a um desinteresse ou preguiça por parte das mesmas. Assim, o diagnóstico nestes casos acaba por ser feito muito mais tarde do que o acon­selhável.

Sintomas do Défice de Atenção

De uma forma geral, os sintomas do défice de atenção podem ser:

  • Agitação motora ou, pelo contrário, apatia extrema;
  • Impulsividade;
  • Dificuldade de aprendizagem;
  • Mau desempenho escolar;
  • Desorganização;
  • Esquecimento;
  • Ansiedade;

Causas do Défice de Atenção

As causas do défice de atenção podem ser hereditárias ou podem estar relacionadas com problemas nos neurotransmissores cerebrais. No entanto, existem outros fatores (como agentes químicos ou comportamen­tos de risco durante a gravidez) que também podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doen­ça.

Tratamento:

O tratamento do défice de atenção depende de cada caso específico mas, de uma forma geral, este é feito através de medicação e terapia comportamental.

Quando a criança com défice não apresenta comportamentos agressivos ou extremos, é comum o tratamen­to ser feito apenas com base na medicação. No entanto, por vezes a criança pode apresentar fracasso escolar, baixa auto-estima e depressão, o que necessita de um acompanhamento especial.

O ideal será a criança ser observada por um especialista, de modo a adaptar o tratamento à própria criança e aos sintomas que esta apresenta.


Distúrbios de Comportamento

Os distúrbios de comportamento estão relacionados com aspetos emocionais e sociais anormais, causando incómodo às restantes pessoas. Geralmente, o indivíduo com distúrbios de comportamento tem também problemas de personalidade ou genética que, aliados ao ambiente onde este se insere, impulsionam o desen­volvimento da doença.

Estes distúrbios dificultam a vida do seu portador, sendo que este tem grandes dificuldades em socializar, sendo muito difícil conseguir criar e manter relações com as pessoas.

Geralmente é um distúrbio desenvolvido durante a fase da infância e desenvolvimento da criança, sendo que pode ser agravado quando esta atinge a idade adulta.

Sintomas dos Distúrbios de Comportamento

Apesar de nem sempre ser facilmente identificável com uma doença, os distúrbios de comportamentos têm alguns sintomas, como:

  • Problemas de conduta;
  • Agitação psicomotora;
  • Agressividade;
  • Ansiedade;
  • Distúrbios de sono;
  • Dificuldade em socializar;

Causas dos Distúrbios de Comportamento

Apesar de existir um fator genético de grande importância no desenvolvimento destes distúrbios, a insta­bilidade emocional e social da criança/indivíduo têm um peso muito grande. Um ambiente conflituoso é um grande propulsor dos distúrbios comportamentais, sendo que entra também em conflito com os valores nor­malmente ensinados na escola, causando uma instabilidade emocional muito grande à criança.

Tratamento:

O tratamento para os distúrbios comportamentais passa pela terapia comportamental, de forma a corrigir comportamentos e pensamentos que o indivíduo possa ter. Para além disto, existe também medicação que tem como objetivo melhorar as funções cognitivas e afetivas do mesmo.

O tratamento ideal passa pela conjugação dos dois métodos, mas é essencial que haja uma avaliação profis­sional ao indivíduo, de modo a que o tratamento seja adaptado ao mesmo.


Anorexia Nervosa

A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar caracterizado por uma restrição alimentar excessiva e por uma obsessão com a perda de peso. O doente com anorexia tem uma grande dificuldade em ver o seu corpo como realmente é, sendo que tem sempre a sensação de que está muito acima do peso indicado. Isto causa uma obsessão com o emagrecimento, provocando uma restrição alimentar e uma prática de exercício excessivos.

A anorexia nervosa está muito relacionada com a perceção de controlo que o indivíduo tem do seu com­portamento e com o desejo de identificação com os padrões de beleza física implementados pela sociedade.

É uma doença mais associada a mulheres e principalmente na fase da adolescência, mas é cada vez maior o número de homens a serem diagnosticados com anorexia.

A anorexia pode ser expressa de duas formas: através da restrição alimentar – na qual o indivíduo tem uma obsessão com o tipo e quantidade de alimentos que ingere, acabando por suprimir refeições – e através da compulsão alimentar – na qual o indivíduo ingere uma grande quantidade de alimentos, seguido de uma purga (através do vómito induzido, laxantes ou diuréticos).

Sintomas da Anorexia Nervosa

A anorexia tem sintomas muito característicos, como:

  • Perda de peso rápida ou alterações no mesmo de forma muito significativas;
  • Desmaio e tonturas;
  • Fadiga;
  • Dificuldades de concentração;
  • Baixa auto-estima;
  • Enfraquecimento de ossos;
  • Enfraquecimento do cabelo e unhas;
  • Exercício físico em excesso;
  • Não comer na presença de outras pessoas;
  • Ida à casa de banho no fim das refeições;
  • Ausência de menstruação;
  • Obsessão com o peso, o que se torna um tema de conversa constante;
  • Isolamento;

Causas da Anorexia Nervosa

Geralmente, a anorexia (e principalmente na fase da adolescência) está muito associada a problemas de au­to-estima, a uma vontade de pertencer a um determinado grupo social, bullying e dificuldade em lidar com a sexualidade. A pressão social que existe hoje em relação aos padrões de beleza é a principal causa de anorexia. Pode ainda existir uma predisposição genética para a anorexia.

Tratamento:

O maior obstáculo no tratamento da anorexia é fazer com que o indivíduo reconheça a doença. É necessário um comprometimento muito grande por parte deste e, por vezes, existe um “falso comprometimento” para iludir os familiares, sendo que o comportamento obsessivo continua.

Normalmente, uma pessoa com anorexia necessita de vários tratamentos e tem várias recaídas durante os processos, sendo que é de máxima importância que o acompanhamento psicológico seja regular e que haja um entendimento entre as duas partes.

O objetivo do tratamento passa por, após o reconhecimento da doença, uma mudança no pensamento e no comportamento do indivíduo. Quanto mais tarde começar o tratamento, mais difícil este se torna, pois os hábitos obsessivos já estão muito enraizados no dia-a-dia do doente.

O tratamento pode passar também pelo uso de medicamentos como antidepressivos e estabilizadores de humor.

Existem muitos riscos que podem estar associados ao desenvolvimento da doença, caso esta não seja tra­tada no tempo certo. Alguns destes riscos são: anemia, problemas nos sistemas imunológico e reprodutor, insuficiência renal, problemas cardíacos, osteoporose.

É, portanto, de máxima importância que o reconhecimento da doença seja feito o mais cedo possível, para prevenir que esta se desenvolva até atingir um nível em que coloque em causa a vida do portador.

A otorrinolaringologia uma especialidade médica com características clínicas e cirúrgicas. O seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do nariz e seios paranasais, faringe, laringe, cabeça e pescoço

Disponível em: Coimbra e Tondela.


Tratamentos

Otite

A otite é uma infeção no ouvido, sendo que o principal sintoma é uma dor bastante característica, causada pela inflamação e acumulação de secreção no ouvido. Normalmente as crianças têm mais propensão para as otites, sendo que é necessário ter especial atenção antes que esta evolua.

Tipos de Otite:

Externa: provacada, normalmente, pela entrada de água no ouvido ou por uso descuidado de cotonetes, provocando infeção no canal auditivo externo. Pode existir diminuição da audição mas o principal sintoma é a dor no ouvido que se sente ao tocar no mesmo ou ao mastigar alimentos. Neste tipo de otites, a febre rara­mente é um sintoma.

Para este tipo de otite, o tratamento passa por anti-inflamatórios e/ou antibióticos para reduzir a dor causa­da pela infeção.

Otite Média Aguda: O ouvido médio é uma cavidade que se situa atrás do tímpano e que normalmente está preenchida por ar. A otite dá-se quando existem secreções (normalmente provenientes do nariz) que entram nesta cavidade. Por vezes, a infeção acaba por chegar também ao próprio tímpano. Este tipo de otite é muito comum em crianças com menos de 2 anos de idade e está muito relacionado com problemas nasais.

Ao contrário do tipo anterior, na otite média aguda a febre é um dos sintomas quase sempre presente, sendo que pode também haver a saída de um líquido amarelado através do canal auditivo (devido à acumulação de pus).

O tratamento passa pelo uso de analgésicos (devido à dor e febre causadas) e antibióticos. É também muito importante tomar medidas quanto à higiene nasal, de forma a evitar que as secreções subam para o ouvido.

Otite Interna/Serosa: Geralmente, este tipo de otite ocorre quando existe um acumulação de líquido no ouvido médio num grande período de tempo (superior a três meses). Este tipo de otites causa tonturas e diminuição drástica de audição.

É muito comum em crianças entre os 2 e 5 anos de idade e está fortemente relacionada com a surdez infantil (sendo que pode evoluir para meningite), sendo que é necessário estar atento a qualquer queixa que a criança possa fazer.

Na maioria das vezes, é necessário internação hospital neste tipo de otites.

Quanto tempo dura a otite?

A duração da otite depende do tipo da mesma. Geralmente a otite externa tem a duração de 7 dias, se o tratamento for efetuado correta e atempadamente.

No caso da otite média, a duração média é de 10 dias.

Já na otite interna, não exite um tempo médio de duração, pois depende da gravidade da mesma e da reação ao tratamento.

Complicações Possíveis da Otite

Dependendo do tipo e gravidade da otite, existem algumas complicações associadas à mesma, nomeada­mente:

  • Surdez (total ou parcial);
  • Atrasos no desenvolvimento (no caso de uma criança);
  • Furo do tímpano;
  • Meningite.

Surdez Súbita

A surdez súbita pode ocorrer em algumas horas e, por norma, afeta apenas um dos ouvidos. Esta pode ocorrer devido ao bloqueio do som (causado, por exemplo, pela existência de cera, infeções ou furos no tím­pano) ou devido a problemas no próprio ouvido interno (como degeneração de células, tumores ou doenças genéticas).

Causas da Surdez Subita

Dentro dos dois tipos de surdez, existem alguns fatores que podem estar na origem da surdez súbita. Algu­mas destas causas são:

  • Lesões na cabeça;
  • Presença de um corpo estranho no ouvido;
  • Presença de líquido no ouvido;
  • Otite;
  • Ruído Excessivo;
  • Medicação que lesionam o ouvido;
  • Infeções auditivas;

Tratamento:

Dependendo da causa e da gravidade da surdez, o tratamento pode passar por uma simples remoção de um corpo estranho no ouvido, pela limpeza do mesmo, uso de antibióticos ou de uma correção através de cirurgia. No entanto, existem casos em que é necessário o uso de aparelhos auditivos para recuperar a audição.

É possível recuperar a audição?

Esta questão depende muito da causa da surdez. Se a causa for uma infeção, normalmente audição é recu­perada total ou parcialmente. No entanto, se a surdez estiver relacionada com questões mais complicadas, por vezes é necessário o uso de aparelhos aliados à aprendizagem, como por exemplo, de leitura labial.


Vertigem

A vertigem corresponde a uma ilusão na qual o indivíduo tem uma falsa sensação de movimento, quer seja dele próprio ou do que está à sua volta.

As vertigens podem também causar vómitos e náuseas, sendo que estas podem-se tornar verdadeiramente incapacitantes.

Ao contrário das tonturas, as vertigens estão normalmente relacionadas com o ouvido interno ou com o sistema nervoso central.

Causas das Vertigens

São diversas as causas das vertigens, mas de uma forma geral estas pode ser causadas por problemas no ouvido interno, problemas nos nervos cerebrais ou problemas visuais.

Tratamento:

O tratamento depende sempre da causa das vertigens, sendo que algumas vezes estas acabam por desapa­recer sem ser necessário iniciar um tratamento.

No entanto, o uso de anti-inflamatórios é usado no tratamento das vertigens, acompanhado de alguns exer­cícios para as controlar (como evitar levantar-se depressa demais e movimentos de olhos, cabeça e corpo combinados).

A fisioterapia também pode ser usada como forma de fortalecer os músculos.


Rinite

A rinite é uma inflamação na cavidade do nariz e na face e, normalmente, está associada a sintomas como a obstrução nasal. Existe uma predisposição genética para a rinite, mas o ambiente envolvente tem também muita influência no desenvolvimento da doença.

A rinite pode ser aguda (tendo a duração de até 7 dias) ou crónica (tendo a duração de até 3 meses).

Sintomas da Rinite

Embora dependa de pessoa para pessoa, os sintomas da rinite tendem a ser:

  • Espirros;
  • Obstrução nasal;
  • Existência de secreção abundante;
  • Comichão nasal interna;
  • Ardor nos olhos;
  • Dor de cabeça;
  • Falta de ar;

Causas da Rinite

A rinite pode ter várias causas, como a exposição a microrganismos e a bactérias. Pode também estar asso­ciada a mudanças de clima bruscas e à inalação de odores fortes. Períodos e alteração hormonal (como gravi­dez, menstruação e menopausa) também são mais propensas à rinite.

Pode também haver uma predisposição genética para a rinite.

Existem alturas do ano mais propensas a rinites?

No caso da rinite ser devido a uma alergia, então há mais probabilidade que esta ocorra na Primavera ou no Outono, altura em que os alergénicos são mais comuns.

No entanto, como também pode estar relacionada com as variações extremas de temperatura, pode acon­tecer haver mais propensão em alturas em que esta é mais incerta, independentemente da estação do ano.

Tratamento:

O tratamento das rinites pode passar por pulverizações nasais com água termal quente e é também de gran­de importância ter especial cuidado com a higiene nasal. Para além disto, também pode haver necessidade de usar medicação como corticosteróides, anti-histamínicos e descongestionantes.

Por vezes, e se a rinite for causada por uma alergia, pode ser necessário uma vacina para combater essa mesma alergia.

Como as rinites são também comuns nas grávidas, devido às alterações hormonais, é necessário ter cuidado com o uso de medicação prescrita.


Amigdalite/Faringite

Amigdalite ou faringite corresponde a uma infeção bacteriana ou viral que ocorre na amígdala ou faringe, respetivamente. Geralmente, é uma infeção aguda (com uma breve duração) mas pode também ser crónica.

As amígdalas são uma defesa do nosso sistema imunológico, mas esta função diminui com a entrada na adolescência, sendo que a partir desta altura elas deixam de ser tão sensíveis às bactérias e vírus. Por outras palavras, é mais comum estas infeções ocorrerem até a adolescência.

Este tipo de infeções é mais comum no Inverno, período durante o qual o ar é mais seco e a proliferação de bactérias e vírus é maior.

É também importante referir que a amigdalite é contagiosa quando a sua causa é viral. Neste caso, é neces­sário ter alguns cuidados como lavar as mãos, não partilhar comida ou talheres e tossir sempre para um lenço.

Sintomas da Amigdalite/Faringite

Embora nem sempre seja facilmente identificável, os sintomas da amigdalite são:

  • Febre;
  • Amígdalas inchadas e de cor vermelha;
  • Dor de garganta;
  • Nódulos no pescoço;
  • Dor de cabeça;
  • Tosse seca;
  • Dor ao engolir alimentos.

Causas da Amigdalite/Faringite

Tal como referido anteriormente, as causas das amigdalites/faringites estão normalmente relacionadas com vírus ou bactérias.

Tratamento:

O tratamento da amigdalite pode passar pelo uso de antibióticos e medicação para a possível febre e dor causadas pela mesma.

Beber muita água e ingerir alimentos ricos em vitaminca C também pode ajudar no tratamento. Caso as amigdalites ocorram de forma muito regular, normalmente opta-se por uma remoção das amígdalas.


Apneia do Sono

A apneia do sono, ou síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) é um distúrbio respiratório que causa paragens respiratórias durante o sono (as apneias). Estas apneias podem variar de duração e frequência, du­rante as quais as vias aéreas superiores fecham, impedindo assim a passagem do ar. Como é algo que acontece durante o sono, por vezes as pessoas não se apercebem que têm apneia.

De uma forma geral, a apneia do sono está mais relacionada com indivíduos do sexo masculino e com idade superior a 50 anos.

Sintomas da Apneia do Sono

Alguns dos sintomas a reconhecer na apneia do sono são:

  • Ressonar;
  • Dor de cabeça ao acordar;
  • Acordar a meio da noite com falta de ar;
  • Insónia;
  • Défice de atenção durante o dia;

Causas da Apneia do Sono

Existem alguns fatores que estão na génese do desenvolvimento da apneia, como por exemplo:

  • Obesidade;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Aumento das amígdalas;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Menopausa;

Tratamento:

O tratamento para a apneia do sono tem como principal objetivo manter as vias respiratórias abertas duran­te o sono. Existem alguns aparelhos que são colocados na boca durante a noite, de forma a que a posição da mandíbula impeça o fecho das vias aéreas.

Em casos mais graves é necessário o uso de uma máscara de pressão durante toda a noite (a CPAP) que envia ar com uma certa pressão para as vias, impedindo-as de fechar. Existe também a possibilidade de recorrer a uma cirurgia na cavidade óssea.

Caso a doença não seja detetada a tempo, existem algumas complicações possíveis, como hipertensão, en­farto ou AVC.

A pediatria é a especialidade médica dedicada à assistência à criança e ao adolescente, nos seus diversos aspetos, sejam eles preventivos ou curativos. Os aspectos preventivos envolvem ações como o aleitamento materno, imunizações (vacinas), prevenção de acidentes, além do acompanhamento e das orientações neces­sárias a um crescimento e desenvolvimento saudáveis (puericultura).

Já os curativos correspondem aos diversos procedimentos e tratamentos das mais diversas doenças exclu­sivas, ou não, da criança e adolescente. O pediatra é o médico com formação dirigida exclusivamente para os cuidados da criança e do adolescente, com uma formação que compreende no mínimo dois anos de residên­cia médica ou curso de especialização equivalente a pós-graduação, ambas garantindo ao profissional médico o registo como especialista nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM). Para atuar em áreas especificas da pediatria é necessário além da formação inicial, treino e estudos em serviços especializados por um período que vai de um a três anos.

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Tratamentos

Gastroenterite

A gastroenterite é uma infeção no estômago e intestinos, normalmente de origem bacteriana ou viral, e é bastante comum nas crianças.O grande problema da

gastroenterite é a perda de líquido e de sais minerais que a criança perde devido aos vómitos e diarreia. Assim, é muito importante estar atento a sinais de desidratação que a criança possa apresentar.

Para além disso, a gastroenterite é facilmente transmissível, sendo que é de evitar o contacto com muitas pessoas.

Sintomas da gastroenterite

Os sintomas da gastroenterite duram até 7 dias, normalmente, e são:

  • Desidratação;
  • Febre;
  • Cansaço;
  • Cólicas;
  • Vómitos;
  • Diarreia;
  • Perda de apetite.

Causas da gastroenterite:

As causas da gastroentrite estão normalmente relacionadas com bactérias, microrganismos ou vírus. Há que ter especial cuidado com as carnes mal cozinhadas (como hamburgueres), que são uma causa muito recorren­te para o desenvolvimento de gastroenterite.

O significado da palavra “Ginecologia” é “ciência da mulher”. Esta constitui a especialidade médica respon­sável pela saúde da mulher, acompanhando-a ao longo das diferentes fases da vida – infância, adolescência, idade fértil e menopausa. O ginecologista tem como função a prestação de cuidados e prevenção de todo tipo de doenças do sistema reprodutivo feminino (vulva, vagina, útero, trompas e ovários) e alterações mamárias (nódulos, quistos, fibroadenomas, etc.).

A prevenção das doenças ginecológicas é o primeiro passo para evitar que elas ocorram. Por este motivo, é fulcral que seja avaliada regularmente em consulta junto do seu ginecologista. Assim, será examinada para que o tratamento seja direccionado e otimizado.


Exames

Os exames de diagnóstico mais frequentemente requisitados pelo ginecologista são:

Ecografia ginecológica: ecografia transvaginal ou abdominal para avaliação do útero, trompas e ovários. Neste exame é possível averiguar a existência de alterações a nível do útero, trompas e ovários (ex.: quistos ováricos, miomas uterinos, ect).

“Papanicolau” ou citologia do colo do útero: exame simples (realizado através de um pequena esfoliação a nível do colo do útero, aquando da observação ginecológica com espéculo). É extremamente útil na deteção de infeção por Papiloma Vírus Humano (HPV) e no rastreio do cancro do colo do útero.

Análises sanguíneas.


Tratamentos

Vulvovaginite

A vulvovaginite é uma infeção na vulva e/ou vagina e é mais frequente após a atividade sexual se ter iniciado.

A doença pode ser transmitida sexualmente, apesar de não se manifestar no sexo masculino No entanto, é necessário que este faça também o tratamento, de modo a evitar novamente a transmissão.

Sintomas da vulvovaginite

A vulvovaginite tem como sintomas gerais:

  • Comichão;
  • Irritação na zona íntima;
  • Corrimento intenso;
  • Leve sangramento;
  • Desconforto ao urinar.

Causas da vulvovaginite

A vulvovaginite pode ser causada por bactérias, vírus ou parasitas. Pode ser sexualmente transmissível, estar relacionada com alterações hormonais, falta de higiene ou com o uso prolongado de alguns medicamentos.

Tratamento:

O tratamento pode passar pelo uso de antibióticos ou anti-fúngicos, tendo em conta a origem da infeção.


Síndrome do Ovário Poliquístico

A síndrome dos ovários poliquísticos (SOP) é um desequilíbrio hormonal que causa sintomas como períodos menstruiais irregulares, acne e crescimento anormal de pilosidades. Esta síndrome provoca o aparecimento em excesso de folículos nos ovários

Normalmente esta síndrome tem origem na adolescência, mas a causa não é conhecida com exatidão.

Sintomas da SOP

Embora os sintomas de SOP possam variar de pessoa para pessoa, e podem variar entre:

  • Menstruação irregular;
  • Infertilidade;
  • Acne;
  • Aumento do crescimento de pilosidades;
  • Dificuldade em engravidar;
  • Ausência de ovulação;

Tratamento:

O tratamento depende do tipo e gravidade dos sintomas reconhecidos e da idade da mulher.

Em certos casos, a prática de exercício físico e a redução de hidratos de carbono ajudam a diminuir os níveis de insolina, o que ajuda na ovulação.

As pílulas anticoncecionais de progesterona (e estrogénio) que ajuda na regulação da menstruação e a di­minuir alguns dos sintomas apresentados.

O tratamento tem de ser sempre prescrito especificamente para cada caso, pois por vezes pequenas altera­ções no mesmo fazem grandes diferenças nos sintomas revelados.


Mioma Uterino

Os miomas são tumores benignos que aparecem no útero e, normalmente, são bastante comuns em mu­lheres em idade fértil. Em muitos casos, o mioma não apresenta sequer sintomas, sendo que o diagnóstico é feito na ida ao ginecologista.

A probabilidade de desenvolver miomas está relacionada com a idade, hábitos alimentares, obesidade e histórico familiar.

Sintomas do Mioma Uterino

Quando os miomas se fazem acompanhar de sintomas, estes podem ser:

  • Dores na região posterior das pernas;
  • Pressão ou dor na região pélvica;
  • Menstruação abundante;
  • Pressão na bexiga;
  • Infertilidade;

Causas do Mioma Uterino

As causas do aparecimento do mioma estão geralmente relacionadas com fatores hormonais ou genéticos.

Tratamento:

Se o mioma não apresenta sintomas, e dependendo da localização e tamanho do mesmo, por vezes o gine­cologista opta por uma postura de prevenção e vigilância do mesmo, até que algo mude.

O tratamento pode passar por hormonas que ajudem a reduzir o tamanho do mioma, sendo em que em seguida se dá a remoção do mesmo (através de histeroscopia, laparoscopia ou cirurgia).

Há 25% de probabilidade da doença reaparecer, mesmo tendo havido remoção do mioma anterior.

O Terapeuta da Fala é responsável pela prevenção, avaliação e intervenção em diversas áreas, nomeadamen­te:

  • Comunicação (verbal e não-verbal),
  • Linguagem oral e escrita,
  • Fala (articulação verbal e fluência verbal),
  • Motricidade orofacial,
  • Alimentação,
  • Voz

Independentemente da patologia que seja, o Terapeuta da Fala atua na criança, no adolescente, no adulto e no idoso.

Disponível em: Coimbra e Tondela

Fisioterapia é uma ciência da saúde aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções cinéticas funcionais de órgãos e sistemas. Ela estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios, entre outros, cinético-funcionais (da biomecânica e funcionalidade humana) decorrentes de alterações de órgãos e siste­mas humanos. Além disso, a Fisioterapia estuda os efeitos benéficos dos recursos físicos como o movimento corporal, as irradiações e correntes eletromagnéticas, o ultra-som, entre outros recursos, sobre o organismo humano. É a área de atuação do profissional formado em um curso superior em Fisioterapia. O fisioterapeuta é capacitado a diagnosticar disfunções, avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento fisioterapêutico), emitir prog­nóstico, elaborar projetos de intervenção e decidir pela alta fisioterapêutica.

Disponível em: Coimbra e Tondela


Tratamentos

Atrofia Muscular

A atrofia muscular ocorre quando existe uma perda do tecido muscular. Esta perda pode ser devido à falta de atividade física ou pode ser devido a uma lesão nos nervos do músculo, sendo esta última uma atrofia com mais gravidade.

Causas da atrofia muscular

A atrofia muscular está normalmente associada a fatores como o envelhecimento, ossos partidos, má nu­truição, ou lesões na espinal medula. Pode também estar relacionada com outro tipo de patologias como esclerose múltipla e AVC’s.

Tratamento:

O tratamento depende do tipo e da gravidade da atrofia. Este pode passar por exercícios e mudanças na dieta do doente, ou pode ser necessário recorrer a uma cirurgia. Caso a pessoa já tenha uma idade avançada ou pouca mobilidade, os exercícios podem ser efeitos na água, de forma a facilitar a realização dos mesmos.


Distrofia Muscular

A distrofia é uma doença na qual os músculos são enfraquecidos progressivamente. Existem vários tipos de distrofia, com diferentes graus de gravidade, e pode aparecer em qualquer idade. Alguns dos tipos de distrofia causam mesmo uma grande incapacidade motora nos doentes.

Em todos os tipos de distrofia, o fator comum é a perda de força e dificuldade na movimentação dos mús­culos.

Causas da distrofia muscular

As causas da distrofia, qualquer que seja o seu tipo, estão relacionadas com mutações genéticas (podendo estas serem hereditárias, ou não).

Tratamento:

Os tratamentos dependem sempre do tipo de distrofia, da gravidade e da causa da mesma. O principal ob­jetivo no tratamento é preservar o funcionamento dos músculos e evitar o desenvolvimento da distrofia. Para isso, é necessário um acompanhamento constante, juntando assim especialistas de diferentes áreas, como fisioterapeutas, neurologistas e geneticistas.

É necessário ter também em atenção o lado psicológico do doente, sendo que a incapacidade causada pela distrofia tem um grande impacto na sua saúde mental e emocional.


Luxação

Uma luxação é o deslocamento dos ossos de uma articulação. Acontece quando existe algum trauma direto ou indireto na mesma, que causa a separação dos ossos. Para que seja considerada luxação (e não apenas uma contusão ou entorse) tem de existir deslocamento do osso.

As articulações que mais sofrem de luxações são: ombro, quadril, joelho, fémur, cotovelo, tornozelo e dedos. Normalmente, as luxações estão muito ligadas à prática de exercício físico intenso ou a uma idade avançada.

As luxações podem levar a outros problemas de maior gravidade como complicações vasculares, osteoporo­se e lesões nos nervos adjacentes.

Sintomas da Luxação

Para além do deslocamento do osso, existem outros sintomas que podem ajudar a detetar uma luxação, como por exemplo:

  • Perda de movimento;
  • Dor ao mover a articulação;
  • Sensação de formigueiro na zona da articulação.

Tratamento:

O tratamento da luxação passa, imperativamente, pela recolocação do osso no seu local de origem. Isto pode ser feito com o auxílio de analgésicos ou de uma anestesia local. Se a luxação foi grave, pode ser neces­sário recorrer a uma cirurgia para a recolocação do osso.

Após a recolocação, é necessário imobilizar a articulação, para que possa cicatrizar de forma saudável e evi­tar novas luxações durante o processo.

Pode haver também o uso de analgésicos e anti-inflamatórios.

Disponível Brevemente

A ortopedia é a especialidade médica que cuida das doenças e deformidades dos ossos, músculos, ligamen­tos, articulações, ou seja, elementos relacionados ao aparelho locomotor. De forma geral, abrange doenças relacionadas com a coluna,ombro, cotovelo, mão, ancas, joelhos e pés.

A traumatologia é a especialidade médica que lida com o trauma do aparelho músculo-esquelético.

Disponível em: Coimbra e Tondela


Tratamentos

Hérnia Discal

A hérnia discal tem como principal sintoma uma dor de grande intensidade, que pode ser localizada nas costas, pescoço, braços ou pernas. Ocorre quando o núcleo gelatinoso dos discos (que protegem o contacto entre as vértebras) saem para fora do anel externo e comprimem os nervos, causando assim uma pressão nos mesmos.

É uma doença muito comum em atletas e em pessoas cujo emprego exige esforço físico, principalmente após os 40 anos.

Sintomas da Hérnia Discal

Os principais sintomas da hérnia estão relacionados com as dores localizadas, uma sensação de dormência e dificuldade nos movimentos. A dor causada pela hérnia pode piorar com o esforço nos movimentos, com a tosse ou quando faz algum tipo de esforço.

Causas da Hérnia Discal

  • Má postura no dia-a-dia;
  • Descuido ao levantar objetos pesados;
  • Envelhecimento;
  • Esforço físico inadequado e em excesso;

Tratamento:

Na grande maioria dos casos, não é necessário cirurgia para o tratamento da hérnia. O uso de anti-inflama­tórios, aliado ao repouso e a relaxantes musculares é suficiente.

No caso da hérnia ser em locais como o pescoço, existem pequenos exercícios que podem ser feitos para aliviar a dor reforçar os músculos.

A cirurgia só é necessária quando o disco se aloja na espinal medula e comprime o nervo, causando dores significativas.


Artrose

A artrose é uma doença na cartilagem articular. As articulações possuem um líquido sinovial que amortece o contacto entre os ossos, evitando assim o desgaste dos mesmos e facilitando o movimento. A artrose corres­ponde à degeneração do líquido, que causa um atrito entre os ossos da articulação, desgastando-os.

Ao contrário do que se possa pensar, a artrose não está diretamente ligada à idade por si só, mas sim ao desgaste das articulações, que pode ter diversas causas.

As artroses afetam apenas as cartilagens, sendo que não há o risco de estas afetarem os órgãos.

Quais as articulações mais afetadas?

A artrose pode surgir em qualquer articulação, mas é mais comum no quadril, nos joelhos, na coluna, no pescoço/ombros, mãos e pés.

Sintomas da Artrose

Os principais sintomas de uma artrose são:

  • Dor na articulação, sendo que esta agrava ao longo do dia;
  • Inchaço e rigidez na articulação;
  • Dificuldade na realização de movimentos;
  • Aumento do volume da cartilagem;
  • Acumulação de líquido.

Causas da Artrose

Podem ser várias as causas das artroses, sendo que algumas delas são:

  • Idade;
  • Obesidade;
  • Trabalho físico excessivo;
  • Doenças musculares;
  • Deformidades ósseas;
  • Predisposição genética.

Tratamento:

O objetivo do tratamento da artrose é o alívio (e se possível, eliminação) dos sintomas causados pela mesma. Pretende-se, portanto, suprimir as dores causadas, melhorar a mobilidade das articulações e impedir que a artrose se desenvolva mais.

Este tratamento passa, por exemplo, pela aprendizagem de posturas que possam aliviar a dor e evitar o des­gaste das cartilagens, pela perda de peso ou por períodos de repouso. O uso de anti-inflamatórios, analgésicos ou injeções articulares também pode ser necessário.

Existem ainda alguns casos em que é necessário uma prótese articular, devido à seriedade da inflamação.


Tendinite

A tendinite corresponde à inflamação do tendão, caracterizada por dor e inchaço no mesmo. Geralmente está relacionada com movimentos repetidos e constantes, sendo que a dor acaba por estar presente mesmo quando o tendão está em repouso.

Esta é uma inflamação muito associada a desportistas e a pessoas cujo trabalho está relacionado com movi­mentos repetitivos e com peso.

A tendinite pode ocorrer em qualquer tendão, mas é mais comum na zona dos ombros, cotovelos, punhos e joelhos.

Sintomas da Tendinite

  • Dor que pode percorrer a área adjacente ao tendão;
  • Dificuldade em realizar movimentos;
  • Incapacidade em usar o músculo;

Causas da Tendinite

A tendinite pode ocorrer em qualquer pessoa e as causas, geralmente, estão relacionadas com:

  • Hipermusculação;
  • Dieta muito rica em proteínas;
  • Uso extremo e repetitivo do tendão;

Tratamento:

O tratamento da tendinite passa pelo uso de anti-inflamatórios e da colocação de gelo na área afetada. O repouso também é imperativo para o tratamento, sendo que se o indivíduo continuar a forçar o tendão, não só retarda o tratamento como pode agravar ainda mais a inflamação, podendo levar à rotura do mesmo.

Recorrer a massagens e fisioterapia também podem ajudar a recuperação. Caso a tendinite perdure por mais de 3 meses, poderá haver a necessidade de cirurgia.


Lesão no Menisco

O menisco é uma estrutura presente na cartilagem do joelho e serve para o proteger aquando de um impac­to. Existem dois tipos de meniscos: o interno e o externo.

Por norma, as lesões no menisco ocorrem devido a um movimento súbito como uma deslocação demasiado rápida ou um impacto súbito efetuado com força. Assim, estas lesões estão também muito associadas a des­portos de impacto. Para além disto, à medida que envelhecemos, a cartilagem torna-se mais frágil, sendo que as lesões podem ocorrer com maior facilidade.

Sintomas da Lesão no Menisco

Tal como as lesões nos tendões, o principal sintoma das lesões no menisco é a dor na região (neste caso, no joelho). Esta tem tendência a ser mais forte quando se faz força com o mesmo (por exemplo, para conduzir ou subir escadas). Para além disso, normalmente há também um grande inchaço do joelho e há perda da capacidade de o mover.

Por vezes, os sintomas não são significativamente fortes para o indivíduo procurar um especialista, sendo que pode andar dias a piorar a lesão.

Causas da Lesão no Menisco

Tal como referido anteriormente, as lesões no menisco estão associadas a movimentos mal efetuados ou a impactos fortes no joelho. Alguns dos exemplos podem ser:

  • Prender o pé;
  • Levantar muito peso;
  • Virar demasiado rápido;
  • Cair sob o joelho;
  • Agachamentos feitos incorretamente

Tratamento:

Quando a lesão não é muito grave, o tratamento passa pelo uso de medicação, anti-inflamatórios e fisiotera­pia. No entanto, pode vezes é necessário uma cirurgia para reparar ou retirar, caso seja necessário, o menisco.

É normal, após o tratamento, haver uma demora na recuperação total dos movimentos. No entanto, se 2 meses após o tratamento, os movimentos forem ainda muito limitados e existir ainda dor no joelho, o melhor será procurar novamente um especialista, pois poderá haver necessidade de realizar movimentos específicos para a recuperação.

Disponível Brevemente

Disponível em: Leiria