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Psiquiatria 2021-04-23T10:42:11+00:00
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Localidade: Coimbra | Leiria | Tondela

A Psiquiatria é uma especialidade da medicina que lida com a prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimento psíquico ou mental, tenta compreendê-las, explicá-las e aliviá-las, sejam elas de origem orgânica (secundárias a doença médica) ou funcionais.
O médico psiquiatra trata as doenças mentais como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos de ansiedade e quadros demenciais, entre outros. A meta principal é o alívio do sofrimento e o bem-estar psíquico do indivíduo.
A saúde mental é o equilíbrio emocional entre as capacidades internas e as exigências do meio ambiente ou vivências externas. É saber lidar com suas próprias emoções e com as dos outros: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustração e reconhecer os seus limites, procurando ajuda quando necessário, antes de perder a noção da realidade.
Conseguir enfrentar os factores de stress que a vida proporciona e trabalhar de forma produtiva, contribuindo para o bem estar da comunidade em que se insere são alguns dos objetivos da intervenção psiquiátrica.
A ausência de saúde mental, traduz-se pelo facto da qualidade da emoção, do sentimento, do comportamento ou pensamento ser exagerada, absurda, prolongada no tempo e poder interferir no quotidiano, no funcionamento e qualidade de vida.
Os problemas psíquicos podem ser abordados de diversas formas e tratados por meio de medicamentos
e/ou intervenções psicoterapêuticas.

Tratamentos

As perturbações depressivas são caracterizadas por um sentimento de tristeza e falta de interesse nas atividades quotidianas. Ao contrário de um sentimento de tristeza normal, quando falamos em depressões o sentimento de tristeza é de uma grande profundidade, o que torna o indivíduo muito concentrado na sua própria dor e mau estar, sendo que apresenta uma grande tendência para chorar e para se isolar das restantes pessoas.
Este tipo de depressões enquadram-se nas perturbações do humor, nas quais também se encontram as perturbações bipolares.

Sintomas das Perturbações Depressivas

Normalmente as perturbações depressivas têm alguns sintomas genéricos, que permitem o diagnóstico da doença. Alguns desses sintomas são:

  • Alterações de apetite e no sono;
  • Fadiga;
  • Dificuldades de concentração;
  • Pensamentos suicidas;
  • Baixa auto-estima;
  • Isolamento;
  • Instabilidade emocional;
  • Diminuição do humor.

Causas das perturbações depressivas

Existem alguns fatores que desencadeiam a depressão como questões genéticas, stress, questões neurológicas ou algum tipo de trauma durante a fase de desenvolvimento/crescimento do indivíduo. A própria personalidade de cada indivíduo pode, ou não, ser mais predisposta para o desenvolvimento de uma depressão. Assim, a causa de uma depressão é sempre algo que tem de ser estudado individualmente-
Existe uma idade para se ser diagnosticado com perturbação depressiva?
Não existe uma idade certa para se ser diagnosticado, sendo que a doença se pode desenvolver em qualquer altura da vida de um indivíduo. É necessário que haja uma atenção nos sintomas acima representados, em qualquer pessoa, de qualquer idade.

Tratamento

É necessário que seja feita uma avaliação psicológica à pessoa em questão, de forma a entender o funcionamento psíquico da mesma. Após a avaliação psicológica, é necessário dar início à intervenção, que tem como objetivo a descoberta da identidade do indivíduo, da desconstrução de problemas, desafios com que este se depara e a aceitação da sua existência e da sua realidade. Esta intervenção é específica em cada caso, sendo que é necessário adaptá-la a cada um dos indivíduos.
Quando o doente é uma criança, todo este processo de avaliação e tratamento é feito com a autorização e o acompanhamento dos pais. É necessário que haja um trabalho conjunto no tratamento da depressão da criança.

Tal como as perturbações depressivas, estas fazem parte das perturbações de humor e caracterizam-se por alterações drásticas no mesmo, sendo que afetam cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo, e o número de indivíduos diagnosticados é cada vez maior.
Os indivíduos com perturbação bipolar caracterizam-se por alterações de humor extremas, que variam entre a euforia total e uma depressão profunda. Estas variações são feitas em ciclos de menor/maior duração e gravidade, dependendo da pessoa em questão.
Geralmente, a doença é detetada já num estado avançado. Normalmente é desenvolvida durante a fase da adolescência ou no início da vida adulta e é mais propensa em indivíduos com familiares que também sofram da mesma.

Sintomas das perturbações bipolares

O doente com este tipo de perturbação apresenta dois tipos de episódios, alternadamente:

  • Episódios maníacos: durante os quais se apresenta com uma energia e atividades excessivas, sendo que normalmente acaba por se traduzir em discursos e pensamentos que não são compreendidos pelas pessoas à
    sua volta. Tem também muita dificuldade em dormir, não se sentindo cansado, e pode adotar comportamentos de excesso no que diz respeito a álcool, sexo e drogas.
  • Episódios depressivos: estado apresentado também por quem tem perturbações depressivas, caracterizado por uma tristeza profunda e de longa duração, irritabilidade, isolamento e pensamentos suicidas.

Tratamento

O tratamento das perturbações bipolares é feito, geralmente, através de medicação e psicoterapia, sendo que têm de existir uma adaptação das mesmas a cada caso específico, não podendo haver uma generalização de todos os doentes. Tem de haver um entendimento sobre o tipo de episódios que o indivíduo apresenta, de forma a adaptar a medicação ao tipo e duração desses mesmos episódios.

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico caracterizado por uma alteração cerebral que afeta o pensamento e o comportamento do indivíduo, tornando muito difícil a avaliação da realidade onde este se insere. Normalmente está também relacionada com alucinações, apatia, uma grande diminuição na representação das emoções sentidas e dificuldades sociais. Tal como as perturbações anteriores, a esquizofrenia tem tendência para se desenvolver na fase da adolescência ou no início da vida adulta, onde o stress é normalmente maior.
O diagnóstico da esquizofrenia não é feito através de exames médicos, sendo que é necessário uma avaliação psicológica do indivíduo. Esta avaliação é bastante exaustiva, sendo que por vezes pode ser feita com a colaboração de familiares e pessoas próximas ao doente. A esquizofrenia, ao contrário das perturbações depressivas e bipolares, está relacionada com alterações cerebrais e não com causas externas.

Sintomas da Esquizofrenia

Os sintomas da esquizofrenia, embora possam depender de indivíduo para indivíduo, tendem a ser:

  • Comportamentos bizarros;
  • Falta de demonstração de emoções;
  • Incapacidade de concentração;
  • Fala desorganizada e por vezes, fantasiada;
  • Incapacidade de socialização;
  • Perda da perceção da realidade (delírios).

Causas da esquizofrenia

A esquizofrenia é uma doença cerebral (causada por alterações nos neurotransmissores), sendo que o ambiente onde o indivíduo está inserido é também um grande propulsor da doença. O stress extremo ou o uso de substâncias químicas,por exemplo, são normalmente grandes razões para que a doença se expresse.

Tratamento:

O tratamento da esquizofrenia tem de ser feito desde o período de diagnóstico até ao final da vida do indivíduo. Este passa pelo uso de medicamentos que atuam nos neurotransmissores e terapia psicossocial, de forma a ajudar a combater os sintomas que condicionam a qualidade de vida do doente. Por vezes, durante os períodos de maior crise, é necessário a hospitalização como forma de proteção do indivíduo (em questões como segurança, alimentação e higiene) e daqueles que o rodeiam.
Os resultados dos tratamentos são bastante incertos, sendo que é necessário um acompanhamento constante do doente, de forma não só a adaptar os tratamentos mas também a prevenir possíveis complicações futuras.

A POC é um estado mental que deriva da ansiedade e que se caracteriza, como o próprio nome indica, por dois fenómenos: a obsessão e a compulsão. O indivíduo fica com o seu pensamento preso numa determinada ideia e não consegue, por maior que seja o seu esforço, desviar o seu pensamento dessa ideia, entrando assim num estado de ansiedade máxima. Durante este período de obsessão ou compulsão, o indivíduo tenta reprimir os pensamentos através da realização de certas ações de forma repetida. Normalmente, estas obsessões interferem de forma significativa no dia-a-dia do doente.

Sintomas da POC

A POC tem sintomas muito característicos, como comportamentos repetidos de forma exagerada e repetida (como por exemplo lavar as mãos, verificar torneiras, portas e janelas fechadas, ter preocupação excessiva com a arrumação, pensamentos de cariz sexual ou religioso) , sendo que quando o indivíduo é privado dessas ações, entra num estado de ansiedade e desconforto muito elevados. Normalmente os comportamentos repetidos estão relacionados com insegurança, higiene ou doenças.

Causas da POC

As causas da POC não são conhecidas mas, no entanto, sabe-se que a doença está relacionada com um desequilíbrio bioquímico no cérebro, mais especificamente com uma falha na neurotransmissão das mensagem entre células cerebrais que regulam a repetição de comportamentos. Este desequilíbrio bioquímico pode ser hereditário e é também influenciado pelo ambiente envolvente.

A POC é incapacitante?

Existem vários níveis de incapacidade causada pela POC: existem muitos indivíduos que conseguem viver com a doença sem que esta afete em demasia o seu dia-a-dia, sendo que por vezes as pessoas à sua volta nem se apercebam da existência da mesma. No entanto existem também casos em que os sintomas causam uma incapacidade total nos indivíduos, sendo que a qualidade de vida é colocada em causa e por vezes existe mesmo a necessidade de internamento.

Tratamento:

O tratamento da POC passa pelo uso de medicação para atenuar os sintomas da mesma. No entanto, por vezes esta medicação não é suficiente, sendo necessário estudar as causas da POC através da psicoterapia. O objetivo é identificar os eventos que estão na base do desenvolvimento da doença de forma a poder alterar as imagens mentais associadas aos mesmos.