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Otorrinolaringologia 2021-04-23T10:56:15+00:00
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LOCALIDADE: Coimbra | Leiria | Tondela

A otorrinolaringologia é a especialidade médica que estuda as doenças dos ouvidos, do nariz e da garganta. O otorrinolaringologista também trata as doenças da cabeça e do pescoço como um todo. Numa consulta, o médico especialista tem o cuidado de avaliar a respiração, a audição, a deglutição e as cordas vocais.

O otorrino deve ser consultado sempre que sinta algum desconforto ou anormalidade na audição, na respiração e na garganta. As patologias mais comuns nas crianças são as otites e as amigdalites. Na idade adulta, a rinite e a sinusite são as mais frequentes.

Esta é também a especialidade médica que trata os distúrbios do sono, a falta de equilíbrio e as alergias. Sintomas como ouvir zumbidos, tonturas ou visão escurecida são também sinais de que deve agendar uma consulta com o seu otorrino.

TRATAMENTOS

A otite é uma infeção no ouvido, sendo que o principal sintoma é uma dor bastante característica, causada pela inflamação e acumulação de secreção no ouvido. Normalmente as crianças têm mais propensão para as otites, sendo que é necessário ter especial atenção antes que esta evolua.

Tipos de Otite:

Externa: provacada, normalmente, pela entrada de água no ouvido ou por uso descuidado de cotonetes, provocando infeção no canal auditivo externo. Pode existir diminuição da audição mas o principal sintoma é a dor no ouvido que se sente ao tocar no mesmo ou ao mastigar alimentos. Neste tipo de otites, a febre raramente é um sintoma.

Para este tipo de otite, o tratamento passa por anti-inflamatórios e/ou antibióticos para reduzir a dor causada pela infeção.

Otite Média Aguda: O ouvido médio é uma cavidade que se situa atrás do tímpano e que normalmente está preenchida por ar. A otite dá-se quando existem secreções (normalmente provenientes do nariz) que entram nesta cavidade. Por vezes, a infeção acaba por chegar também ao próprio tímpano. Este tipo de otite é muito comum em crianças com menos de 2 anos de idade e está muito relacionado com problemas nasais.
Ao contrário do tipo anterior, na otite média aguda a febre é um dos sintomas quase sempre presente, sendo que pode também haver a saída de um líquido amarelado através do canal auditivo (devido à acumulação de pus).
O tratamento passa pelo uso de analgésicos (devido à dor e febre causadas) e antibióticos. É também muito importante tomar medidas quanto à higiene nasal, de forma a evitar que as secreções subam para o ouvido.

Otite Interna/Serosa: Geralmente, este tipo de otite ocorre quando existe um acumulação de líquido no ouvido médio num grande período de tempo (superior a três meses). Este tipo de otites causa tonturas e diminuição drástica de audição.
É muito comum em crianças entre os 2 e 5 anos de idade e está fortemente relacionada com a surdez infantil (sendo que pode evoluir para meningite), sendo que é necessário estar atento a qualquer queixa que a criança possa fazer.
Na maioria das vezes, é necessário internação hospital neste tipo de otites.

Quanto tempo dura a otite?
A duração da otite depende do tipo da mesma. Geralmente a otite externa tem a duração de 7 dias, se o tratamento for efetuado correta e atempadamente.
No caso da otite média, a duração média é de 10 dias.
Já na otite interna, não exite um tempo médio de duração, pois depende da gravidade da mesma e da reação ao tratamento.

Complicações Possíveis da Otite
Dependendo do tipo e gravidade da otite, existem algumas complicações associadas à mesma, nomeadamente:

  • Surdez (total ou parcial);
  • Atrasos no desenvolvimento (no caso de uma criança);
  • Furo do tímpano;
  • Meningite.

A surdez súbita pode ocorrer em algumas horas e, por norma, afeta apenas um dos ouvidos. Esta pode ocorrer devido ao bloqueio do som (causado, por exemplo, pela existência de cera, infeções ou furos no tímpano) ou devido a problemas no próprio ouvido interno (como degeneração de células, tumores ou doenças genéticas).

Causas da Surdez Subita
Dentro dos dois tipos de surdez, existem alguns fatores que podem estar na origem da surdez súbita. Algumas destas causas são:

  • Lesões na cabeça;
  • Presença de um corpo estranho no ouvido;
  • Presença de líquido no ouvido;
  • Otite;
  • Ruído Excessivo;
  • Medicação que lesionam o ouvido;
  • Infeções auditivas;

Tratamento:
Dependendo da causa e da gravidade da surdez, o tratamento pode passar por uma simples remoção de um corpo estranho no ouvido, pela limpeza do mesmo, uso de antibióticos ou de uma correção através de cirurgia. No entanto, existem casos em que é necessário o uso de aparelhos auditivos para recuperar a audição.

É possível recuperar a audição?
Esta questão depende muito da causa da surdez. Se a causa for uma infeção, normalmente audição é recuperada total ou parcialmente. No entanto, se a surdez estiver relacionada com questões mais complicadas, por vezes é necessário o uso de aparelhos aliados à aprendizagem, como por exemplo, de leitura labial.

A vertigem corresponde a uma ilusão na qual o indivíduo tem uma falsa sensação de movimento, quer seja dele próprio ou do que está à sua volta.
As vertigens podem também causar vómitos e náuseas, sendo que estas podem-se tornar verdadeiramente incapacitantes.
Ao contrário das tonturas, as vertigens estão normalmente relacionadas com o ouvido interno ou com o sistema nervoso central.

Causas das Vertigens
São diversas as causas das vertigens, mas de uma forma geral estas pode ser causadas por problemas no ouvido interno, problemas nos nervos cerebrais ou problemas visuais.

Tratamento:
O tratamento depende sempre da causa das vertigens, sendo que algumas vezes estas acabam por desaparecer sem ser necessário iniciar um tratamento.
No entanto, o uso de anti-inflamatórios é usado no tratamento das vertigens, acompanhado de alguns exercícios para as controlar (como evitar levantar-se depressa demais e movimentos de olhos, cabeça e corpo combinados).
A fisioterapia também pode ser usada como forma de fortalecer os músculos.

A rinite é uma inflamação na cavidade do nariz e na face e, normalmente, está associada a sintomas como a obstrução nasal. Existe uma predisposição genética para a rinite, mas o ambiente envolvente tem também muita influência no desenvolvimento da doença.
A rinite pode ser aguda (tendo a duração de até 7 dias) ou crónica (tendo a duração de até 3 meses).

Sintomas da Rinite
Embora dependa de pessoa para pessoa, os sintomas da rinite tendem a ser:

  • Espirros;
  • Obstrução nasal;
  • Existência de secreção abundante;
  • Comichão nasal interna;
  • Ardor nos olhos;
  • Dor de cabeça;
  • Falta de ar;

Causas da Rinite
A rinite pode ter várias causas, como a exposição a microrganismos e a bactérias. Pode também estar associada a mudanças de clima bruscas e à inalação de odores fortes. Períodos e alteração hormonal (como gravidez, menstruação e menopausa) também são mais propensas à rinite.
Pode também haver uma predisposição genética para a rinite.

Existem alturas do ano mais propensas a rinites?
No caso da rinite ser devido a uma alergia, então há mais probabilidade que esta ocorra na Primavera ou no Outono, altura em que os alergénicos são mais comuns.
No entanto, como também pode estar relacionada com as variações extremas de temperatura, pode acontecer haver mais propensão em alturas em que esta é mais incerta, independentemente da estação do ano.

Tratamento:
O tratamento das rinites pode passar por pulverizações nasais com água termal quente e é também de grande importância ter especial cuidado com a higiene nasal. Para além disto, também pode haver necessidade de usar medicação como corticosteróides, anti-histamínicos e descongestionantes.
Por vezes, e se a rinite for causada por uma alergia, pode ser necessário uma vacina para combater essa mesma alergia.
Como as rinites são também comuns nas grávidas, devido às alterações hormonais, é necessário ter cuidado com o uso de medicação prescrita.

Amigdalite ou faringite corresponde a uma infeção bacteriana ou viral que ocorre na amígdala ou faringe, respetivamente. Geralmente, é uma infeção aguda (com uma breve duração) mas pode também ser crónica.
As amígdalas são uma defesa do nosso sistema imunológico, mas esta função diminui com a entrada na adolescência, sendo que a partir desta altura elas deixam de ser tão sensíveis às bactérias e vírus. Por outras palavras, é mais comum estas infeções ocorrerem até a adolescência.
Este tipo de infeções é mais comum no Inverno, período durante o qual o ar é mais seco e a proliferação de bactérias e vírus é maior.
É também importante referir que a amigdalite é contagiosa quando a sua causa é viral. Neste caso, é necessário ter alguns cuidados como lavar as mãos, não partilhar comida ou talheres e tossir sempre para um lenço.

Sintomas da Amigdalite/Faringite
Embora nem sempre seja facilmente identificável, os sintomas da amigdalite são:

  • Febre;
  • Amígdalas inchadas e de cor vermelha;
  • Dor de garganta;
  • Nódulos no pescoço;
  • Dor de cabeça;
  • Tosse seca;
  • Dor ao engolir alimentos.

Causas da Amigdalite/Faringite
Tal como referido anteriormente, as causas das amigdalites/faringites estão normalmente relacionadas com vírus ou bactérias.

Tratamento:
O tratamento da amigdalite pode passar pelo uso de antibióticos e medicação para a possível febre e dor causadas pela mesma.
Beber muita água e ingerir alimentos ricos em vitaminca C também pode ajudar no tratamento. Caso as amigdalites ocorram de forma muito regular, normalmente opta-se por uma remoção das amígdalas.

A apneia do sono, ou síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) é um distúrbio respiratório que causa paragens respiratórias durante o sono (as apneias). Estas apneias podem variar de duração e frequência, durante as quais as vias aéreas superiores fecham, impedindo assim a passagem do ar. Como é algo que acontece durante o sono, por vezes as pessoas não se apercebem que têm apneia.
De uma forma geral, a apneia do sono está mais relacionada com indivíduos do sexo masculino e com idade superior a 50 anos.

Sintomas da Apneia do Sono
Alguns dos sintomas a reconhecer na apneia do sono são:

  • Ressonar;
  • Dor de cabeça ao acordar;
  • Acordar a meio da noite com falta de ar;
  • Insónia;
  • Défice de atenção durante o dia;

Causas da Apneia do Sono
Existem alguns fatores que estão na génese do desenvolvimento da apneia, como por exemplo:

  • Obesidade;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Aumento das amígdalas;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Menopausa;

Tratamento:
O tratamento para a apneia do sono tem como principal objetivo manter as vias respiratórias abertas durante o sono. Existem alguns aparelhos que são colocados na boca durante a noite, de forma a que a posição da mandíbula impeça o fecho das vias aéreas.
Em casos mais graves é necessário o uso de uma máscara de pressão durante toda a noite (a CPAP) que envia ar com uma certa pressão para as vias, impedindo-as de fechar. Existe também a possibilidade de recorrer a uma cirurgia na cavidade óssea.
Caso a doença não seja detetada a tempo, existem algumas complicações possíveis, como hipertensão, enfarto ou AVC.

CORPO CLÍNICO

Filipa Vaz Carvalho

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