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Psicologia 2021-06-15T13:42:18+00:00
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A psicologia é a ciência que estuda a relação entre o funcionamento cerebral e o comportamento humano. Ou seja, a psicologia tenta compreender a forma como pensamos, como nos sentimos e como nos comportamos. No entanto, como seres sociais que somos, para compreender o comportamento, é preciso ir além do individuo isolado e estudar-se o meio onde está inserido, tal como a família, a comunidade, as suas interações e toda a história de vida individual. Todos estes aspetos contribuem, de alguma forma, para a criação de padrões específicos de pensamento acerca de nós próprios, dos outros e do mundo e respetivos padrões emocionais e comportamentais. Contudo, em virtude da qualidade das vivencias pessoais, esses padrões podem tornar-se disfuncionais originando perturbações do foro mental, como por exemplo perturbações ansiosas e depressivas, problemas relacionais, distúrbios comportamentais e alimentares, fobias, perturbações de pânico, problemas de autoestima, insucesso escolar e profissional, comportamentos aditivos entre outros.

Por outro lado, as perturbações podem ainda surgir em virtude de alguma disfunção neuroquímica ou fisiológica no cérebro ou no sistema nervoso, como por exemplo as perturbações do neurodesenvolvimento (autismo, hiperatividade/ défice de atenção e dificuldades específicas de aprendizagem), as demências variadas, a perturbação bipolar, a esquizofrenia entre outras.

A psicologia clínica e a neuropsicologia recorrem a diferentes abordagens técnicas para avaliar, diagnosticar e intervir nas perturbações mentais e nas suas consequências cognitivas, emocionais e comportamentais. Para tal, são delineados planos de intervenção cientificamente validados e adequados a cada situação especifica, com o objetivo da pessoa reencontrar o seu equilíbrio pessoal, social e funcional.

Sandra Henriques
Psicóloga Clínica

TRATAMENTOS:

O Défice de Atenção está normalmente associado também à hiperatividade, embora esta ligação nem sempre ocorra. Resulta de alterações no sistema nervoso durante o desenvolvimento do mesmo, que causam hiperatividade, falta de atenção e impulsividade. Está portanto relacionado com a auto-regulação emocional, característica que desenvolvemos a partir dos 3 anos de idade.
O défice de atenção é mais comum em crianças, especialmente até aos 7 anos de idade, mas também pode ser detetado em adultos.
Quando o défice de atenção está ligado à hiperatividade é facilmente identificado, devido à agitação motora que esta causa. No entanto, quando a hiperatividade não está associada ao défice, é muito mais difícil diagnosticar a doença, porque os adultos tendem a ligar a desatenção das crianças a um desinteresse ou preguiça por parte das mesmas. Assim, o diagnóstico nestes casos acaba por ser feito muito mais tarde do que o aconselhável.

Sintomas do Défice de Atenção

De uma forma geral, os sintomas do défice de atenção podem ser:

  • Agitação motora ou, pelo contrário, apatia extrema;
  • Impulsividade;
  • Dificuldade de aprendizagem;
  • Mau desempenho escolar;
  • Desorganização;
  • Esquecimento;
  • Ansiedade;

Causas do Défice de Atenção

As causas do défice de atenção podem ser hereditárias ou podem estar relacionadas com problemas nos neurotransmissores cerebrais. No entanto, existem outros fatores (como agentes químicos ou comportamentos de risco durante a gravidez) que também podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença.

Tratamento:

O tratamento do défice de atenção depende de cada caso específico mas, de uma forma geral, este é feito através de medicação e terapia comportamental.
Quando a criança com défice não apresenta comportamentos agressivos ou extremos, é comum o tratamento ser feito apenas com base na medicação. No entanto, por vezes a criança pode apresentar fracasso escolar, baixa auto-estima e depressão, o que necessita de um acompanhamento especial.
O ideal será a criança ser observada por um especialista, de modo a adaptar o tratamento à própria criança e aos sintomas que esta apresenta.

Os distúrbios de comportamento estão relacionados com aspetos emocionais e sociais anormais, causando incómodo às restantes pessoas. Geralmente, o indivíduo com distúrbios de comportamento tem também problemas de personalidade ou genética que, aliados ao ambiente onde este se insere, impulsionam o desenvolvimento da doença.
Estes distúrbios dificultam a vida do seu portador, sendo que este tem grandes dificuldades em socializar, sendo muito difícil conseguir criar e manter relações com as pessoas.
Geralmente é um distúrbio desenvolvido durante a fase da infância e desenvolvimento da criança, sendo que pode ser agravado quando esta atinge a idade adulta.

Sintomas dos Distúrbios de Comportamento

Apesar de nem sempre ser facilmente identificável com uma doença, os distúrbios de comportamentos têm alguns sintomas, como:

  • Problemas de conduta;
  • Agitação psicomotora;
  • Agressividade;
  • Ansiedade;
  • Distúrbios de sono;
  • Dificuldade em socializar;

Causas dos Distúrbios de Comportamento

Apesar de existir um fator genético de grande importância no desenvolvimento destes distúrbios, a instabilidade emocional e social da criança/indivíduo têm um peso muito grande. Um ambiente conflituoso é um grande propulsor dos distúrbios comportamentais, sendo que entra também em conflito com os valores normalmente ensinados na escola, causando uma instabilidade emocional muito grande à criança.

Tratamento:

O tratamento para os distúrbios comportamentais passa pela terapia comportamental, de forma a corrigir comportamentos e pensamentos que o indivíduo possa ter. Para além disto, existe também medicação que tem como objetivo melhorar as funções cognitivas e afetivas do mesmo.
O tratamento ideal passa pela conjugação dos dois métodos, mas é essencial que haja uma avaliação profissional ao indivíduo, de modo a que o tratamento seja adaptado ao mesmo.

A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar caracterizado por uma restrição alimentar excessiva e por uma obsessão com a perda de peso. O doente com anorexia tem uma grande dificuldade em ver o seu corpo como realmente é, sendo que tem sempre a sensação de que está muito acima do peso indicado. Isto causa uma obsessão com o emagrecimento, provocando uma restrição alimentar e uma prática de exercício excessivos.
A anorexia nervosa está muito relacionada com a perceção de controlo que o indivíduo tem do seu comportamento e com o desejo de identificação com os padrões de beleza física implementados pela sociedade.
É uma doença mais associada a mulheres e principalmente na fase da adolescência, mas é cada vez maior o número de homens a serem diagnosticados com anorexia.
A anorexia pode ser expressa de duas formas: através da restrição alimentar – na qual o indivíduo tem uma obsessão com o tipo e quantidade de alimentos que ingere, acabando por suprimir refeições – e através da compulsão alimentar – na qual o indivíduo ingere uma grande quantidade de alimentos, seguido de uma purga (através do vómito induzido, laxantes ou diuréticos).

Sintomas da Anorexia Nervosa

A anorexia tem sintomas muito característicos, como:

  • Perda de peso rápida ou alterações no mesmo de forma muito significativas;
  • Desmaio e tonturas;
  • Fadiga;
  • Dificuldades de concentração;
  • Baixa auto-estima;
  • Enfraquecimento de ossos;
  • Enfraquecimento do cabelo e unhas;
  • Exercício físico em excesso;
  • Não comer na presença de outras pessoas;
  • Ida à casa de banho no fim das refeições;
  • Ausência de menstruação;
  • Obsessão com o peso, o que se torna um tema de conversa constante;
  • Isolamento;

Causas da Anorexia Nervosa

Geralmente, a anorexia (e principalmente na fase da adolescência) está muito associada a problemas de auto-estima, a uma vontade de pertencer a um determinado grupo social, bullying e dificuldade em lidar com a sexualidade. A pressão social que existe hoje em relação aos padrões de beleza é a principal causa de anorexia. Pode ainda existir uma predisposição genética para a anorexia.

Tratamento:

O maior obstáculo no tratamento da anorexia é fazer com que o indivíduo reconheça a doença. É necessário um comprometimento muito grande por parte deste e, por vezes, existe um “falso comprometimento” para iludir os familiares, sendo que o comportamento obsessivo continua.
Normalmente, uma pessoa com anorexia necessita de vários tratamentos e tem várias recaídas durante os processos, sendo que é de máxima importância que o acompanhamento psicológico seja regular e que haja um entendimento entre as duas partes.
O objetivo do tratamento passa por, após o reconhecimento da doença, uma mudança no pensamento e no comportamento do indivíduo. Quanto mais tarde começar o tratamento, mais difícil este se torna, pois os hábitos obsessivos já estão muito enraizados no dia-a-dia do doente.
O tratamento pode passar também pelo uso de medicamentos como antidepressivos e estabilizadores de humor.
Existem muitos riscos que podem estar associados ao desenvolvimento da doença, caso esta não seja tratada no tempo certo. Alguns destes riscos são: anemia, problemas nos sistemas imunológico e reprodutor, insuficiência renal, problemas cardíacos, osteoporose.
É, portanto, de máxima importância que o reconhecimento da doença seja feito o mais cedo possível, para prevenir que esta se desenvolva até atingir um nível em que coloque em causa a vida do portador.

CORPO CLÍNICO

Sandra Henriques

MARCAR CONSULTA

Catarina Vieira

MARCAR CONSULTA